terça-feira, junho 23, 2020

Jornada nas estrelas: Metamorfose



McCoy, Kirk e Spock estão voltando para a Enterprise levando uma comissária acontemetida de uma grave enfermidade e que morrerá se não for tratada. É quando a nave auxiliar é interceptada por uma criatura energética e forçada a pousar em um planeta próximo. Lá eles descobrem um ser humano que se revela ser o criador da dobra espacial. Mas ele deveria estar morto há muitos anos? Como ainda estava ali, vivo?
Esse é o enredo de “Metamorfose”, episódio da segunda temporada da série clássica. O enredo parece interessante e tem aquele sense of wonder que iria caracterizar alguns dos melhores episódios de Jornadas. No entanto, o resultado é um episódio arrastado, que parece ter sido pensado para metade do tempo de tela.
É também um episódio em que a maioria das coisas não se encaixa. Descobre-se que Cochrane, o criador da dobra espacial, foi salvo e rejuvenecido pela criatura energética chamada Companheiro e foi o Companheiro que levou a Galileu ao planeta, para que o seu parceiro tivesse companhia humana.
Aí começam os problemas. Primeiro Kirk e Spock tentam matar a criatura (em total contradição com outros episódios em que o encontro com “monstros” é resolvido com diálogo e compreensão de suas motivações). Quando finalmente decidem conversar, tentam convencer Companheiro a salvar a comissária e ele se recusa dizendo que não pode. Ora, se ele salvou Cochrane da morte, porque não pode também salvar a comissária? Qual o sentido de levar companheiros para Cochrane e deixá-los morrer? Quando Kirk descobre que o companheiro na verdade é companheira, Cochrane se revolta e diz que foi usado, mas quando a criatura entra na comissária, ele aceita a situação e até se apaixona por essa junção das duas – paixão instantânea!
A impressão que dá é que o roteirista Gene L. Com pensou num conceito interessante, mas não conseguiu desenvolvê-lo.

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