Saco de ossos, de Stephen King, é uma história trivial, mas contada com um domínio perfeito das técnicas narrativas.
A história é sobre uma viúva jovem e bonita em disputa com sogro milionário pela guarda da filha. Para isso, ela conta com a ajuda de um escritor de livros de sucesso.
Claro que se trata de uma história de Stephen King e não poderia faltar o elemento sobrenatural. No caso, são os espíritos que se comunicam, principalmente através de imãs de geladeira no formato de letras, com o escritor.
O que há de melhor em King não é necessariamente o terror, mas a forma como ele conta o cotidiano dos personagens. King chega a ser obsessivo nos detalhes, mas no final parecemos conhecer tão bem os personagens como se eles fossem amigos de infância.
O grande domínio narrativo se mostra principalmente através do suspense. Suspense é falta de informação, é algo que precisa ser revelado.
Em Saco de ossos, temos os seguintes elementos de suspense: A mãe vai perder a guarda da menina? Quem é o fantasma que assombra a casa do escritor? A mulher do escritor estava realmente grávida quando morreu? Ela tinha um amante?
Tentar a responder a essas perguntas é uma das razões para seguir em frente nas quase 400 páginas do livro. A outra, claro, é o texto delício de King.
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