Um dos diferenciais da Marvel com relação a outras editoras é que as histórias eram conectadas. Um herói podia estar patrulhando Nova York e, de repetente, se deparar com o vilão de outra série. É o que acontece, por exemplo, em Jorney into Mystery 109, quando Thor encontra Magneto.
Stan Lee aproveitava para fazer marketing até
nos créditos das histórias, com textos grandioloquentes e repletos de
aliteração: “Escrito por Stan Lee, o monarca da era Marvel do pináculo de seu
poder! Ilustrado por Jack Kirby, o príncipe do pincel, do alto de seu talento
titânico”.
Na história, Magneto está usando seus poderes
(o que inclui levantar um carro no ar) quando chama a atenção do poderoso Deus
do trovão. Usando seu martelo Mjorn (que naquela época se chamava Uru), Thor
rastreia o fluxo de energia até o que parece um tronco de árvore boiando no
mar, mas na verdade é o submarino do vilão magnético.
Ao ver o poder o invasor, o vilão o toma por um
mutante e o convida a fazer parte de seu grupo. Claro que thor não aceita e
começa um jogo de gato e rato, no qual o papel de caçador e caça se alternam –
com o momento mais perigoso quando o deus do trovão se afasta de seu martelo
mais de 60 segundo e volta a ser o frágil Donald Blake (sim, naquela época,
Thor não podia se afastar do seu martelo).
Enquanto isso, o restante da irmandade mutante
está tentando invadir a sede dos X-men. Uma curiosidade aqui é que os x-men em
nenhum momento são mostrados. Apenas o resultado de suas intervenções são
vistas, o que instiga a imaginação do leitor e os deixa curioso para conhecer
os personagens (Stan Lee mais uma vez com suas estratégias de marketing).
Embora não seja um momento grandioso do deus do
trovão, a história mostra como a dupla lee-kirby conseguiam fazer qualquer
história se tornar um divertido clássico.
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