terça-feira, dezembro 01, 2020

Impossibilidades quadrinísticas

   De vez em quando eu penso em coisas improváveis... como uma antologia poética do Hulk. O prefácio, claro, seria do doutor Bruce Banner, e seria mais ou menos assim:

            “Confesso que estranhei o convite desse amável e desconhecido senhor de prefaciar seus contundentes poemas. Na verdade, embora sempre estejamos nos mesmos locais, nunca tivemos a oportunidade de nos encontrar. Até porque... aughh grooowh gaarrhhh... Onde estão homenzinhos? Hulk esmaga!”
            Mesmo ameaçando bater em quem não comprasse seus livros, o gigante verde não venderia muito. Afinal, seus versos seriam sofríveis:
            “Hulk esmaga!
            Até creme de batata!”

            O Thor escreveria romances policiais. Também não daria certo. Muito papo e pouca ação:
            “Então sois vós o assassino ou éreis aqueles de quem não desconfiávamos? Quiçá o mordomo?”
            O Coisa, por outro lado, daria um ótimo comentarista político:
            “Quer saber? Está na hora do pau!”

            O Super-homem viraria garoto propaganda das companhias aéreas: “Para o alto e avante!”. Mas no Brasil seria processado por propaganda enganosa.
            Preciso parar de pensar nessas coisas, ou nunca serei contratado pela Marvel. 

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