segunda-feira, maio 31, 2021

Homem-aranha e Destrutor contra o Monolito Vivo

 


No final da década de 70, Chris Claremont e John Byrne fizeram história na revista Marvel Team-Up, que apresentava encontros de personagens Marvel. Toda a sintonia que se tornaria célebre nos X-men já aparecia ali. Mas em 1978, o sucesso da revista dos mutantes (que transformou a revista de bimestral para mensal) fez com que Byrne abandonasse a Marvel Team-Up. Sua última colaboração como desenhista regular do título foi no número 69, com roteiro de Claremont.

O Homem-aranha salva o Destrutor, mas por pouco tempo. 

Na história, o Faraó Vivo sequestra Destrutor, o irmão de Cíclope, com o objetivo de sugar sua energia e assim se tornar extremamente poderoso. Claro que Claremont tinha que encontrar uma maneira de colocar o Homem-aranha na história, então os lacaios do Faraó vão roubar um amuleto místico numa sala da universidade onde Peter Parker estuda, o que faz com que o amigão da vizinhança vá atrás dos ladrões e se veja envolvido com a trama principal.

Aí temos o primeiro problema da história. Há toda uma sequência em que o Aranha salva o Destrutor, apenas para que depois ele seja preso novamente. Como a sequência inteira não ajuda a narrativa a caminhar, dá a impressão de que seu único objetivo é esticar o número de páginas. A história poderia ser muito mais sintética se já pulasse para dentro da embaixada do Egito. Lá, o aracnídeo inadvertidamente transforma o Faraó no Monolito Vivo (por sinal, um dos vilões mais perigosos da Marvel a partir dessa história). Outro ponto falho é Lorna, a namorada do Destrutor, atacada junto com ele e que desaparece da história a partir de certo ponto.

O traço de Byrne muda com a arte-final de Tony de Zuniga e Villamonte.


Mas era uma época em que HQs Marvel tinha uma narrativa fluída, algo ainda mais destacado pelo traço simples e elegante de John Byrne, o que tira a atenção dos problemas.

Uma curiosidade dessa história é que a arte-final ficou por conta do filipino Tony de Zuniga e do sul-americano Ricardo Villamonte, que dão ao traço de Byrne um estilo completamente diferente do que estamos acostumados a ver.

No Brasil essa história foi publicada em Superaventuras Marvel 61.

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