segunda-feira, agosto 16, 2021

Doutor Estranho - a dimensão das trevas

 O Doutor Estranho pode não ser o personagem mais popular da Marvel, mas certamente é um um mais interessantes. Ele teve duas fases memoráveis. Uma na década de 60, sob a batuta de seu criador Steve ditko e outra na década de 70, nas mãos de engelhart e Brunner. Mas na década de 80 o herói ganhou uma nova e simpatica fase com roteiro de Roger Stern.

Stern é aquilo que no cinema chamam de artesão talentoso. Não é genial, mas também não decepciona.

É essa fase que a Salvat reúne no volume dedicado ao Dr estranho vida coleção Os heróis mais poderosos da Marvel.
A vilã é uma feiticeira. 


Stern não resgata as características psicodélica do personagem, mas entrega um herói simpático. Os ótimos desenhos de Paul Smith também contribuem para tornar a história agradável.
Na história o Dr estranho ajuda sua assistente Cléa a lutar contra uma feiticeira que domina a dimensão das trevas. A vilã, alias, é irmã de Dormanu, o eterno inimigo do mago supremo. 
A história começa com uma outra trama, bem regular, focada no Cavaleiro Negro, mas logo ganha fôlego quando Strange vai para a dimensão da feiticeira.
Paul Smith faz um bom trabalho nas sequências de magia. 


Embora Paul Smith não seja tão eficiente em fazer sequências surreais e psicodélica, ele usa bem um recurso que tornou o Dr estranho um personagem diferente de todos os outros magos dos quadrinhos: tornar a magia visual. Os feitiços se tornam imagens geométricas ou fluxos de energia que fluem pela página.
O volume incluí também a primeira história do herói, publicada em strange Tales 110. Uma pérola da síntese: em cinco páginas, Lee e ditko apresentam o personagem, criam e resolvem uma trama repleta de senso de mistério.
E, para fechar a revista, um conto escrito por Peter Gillis no qual o doutor encontra Beyonder em sua forma humana. Embora curta, é um dos melhores momentos do volume, com uma HQ intimista e texto que lembra muito o estilo britânico. Pena que o desenho de Mark badger não ajude. 

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