Nas primeiras histórias, o Hulk era muito diferente do personagem que todos nós conhecemos. Para começar, na primeira história, o personagem era cinza. Só na segunda edição é que apareceu o verde, mas um verde tímido, muito diferente do golias esmeralda que conhecemos hoje.
Mas o tom das histórias e a personalidade do verdão também
eram muito diferentes.
Para começar, havia um clima das histórias de terror da
Marvel da década de 50. A segunda edição começa com o Hulk saindo do pântano,
como um monstro ameaçador e invadindo uma cidade com um... pedaço de pau! O
texto dizia: “Tal qual um monstro selvagem e devastador saído de algum insano
mundo abissal, a aterrorizante figura do Hulk emerge repentinamente das
lamacentas águas do pântano”. Parecia uma história de terror.
As primeiras histórias tinham clima de terror. |
Só a aparição de Rick Jones impede que o “monstro” destrua a
cidade.
Como na época não havia enrolação, tudo acontecia muito rápido.
Logo uma raça de homens-sapos resolve invadir a terra e para isso sequestram o
maior cientista do planeta... justamente Bruce Banner. Quando anoitece, este se
transforma no Hulk e bota o terror na nave (naquela época, Banner se
transformava durante as noites).
O golias esmeralda chega a usar uma das armas dos alienígenas
contra eles mesmos, enquanto pensa: “Essas armas... perto delas, as nossas
parecem estilingues!”. Quem poderia imaginar o Hulk que todos conhecemos usando
uma arma e tendo pensamentos como esses? Mas à frente, ele afirma que vai pegar
Betty Ross como... refém!
Hulk usando armas e dizendo frases inteligentes? Será que errei de revista? |
A razão disso é que nessa época o personagem era muito
baseado na fera do livro O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson, sendo
muito mais cruel do que embrutecido.
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