No décimo quinto livro da série Perry Rhodan, o protagonista
e seus amigos estavam diretamente envolvidos com a pista para o planeta da
imortalidade.
No número anterior eles tiveram acesso a uma mensagem cifrada,
que, depois de decodificada pelo computador em Vênus revelou a seguinte
mensagem: “Se você sabe alguma coisa sobre a nossa luz, verifique então de quem
obteve essa informação. Apenas um maravilhou-se ante as máquinas do saber. Veio
nos últimos tempos, apenas segundos para mim. Encontre-o e interrogue-o! Se
quiser ir até ele, desça à arca do tempo, mas não venha sem o conhecimento
sobre a sua pessoa. Perguntarão a você o seu nome”.
Essa mensagem extremamente misteriosa acaba se revelando
mais uma incógnita: para terem acesso à próxima pista, Rhodan e seus
companheiros deverão procurar o arconida que descobriu o planeta Ferrol e seu
sistema. Mas isso fora há milhares de anos! A situação é bem sintetizada no
texto da capa da edição nacional: “Travar contato com alguém que morreu havia
dez mil anos! Era essa a missão que Rhodan teria que cumprir...”.
Claro que isso vira motivo para uma viagem ao passado, a uma
época em que Ferrol era um planeta medieval – e todas as escaramuças
resultantes. O livro é escrito por Clark Darlton, que, entre seus muitos
tanlentos, estava a capacidade de incluir humor no meio da mais desenfreada
ficção-científica, mas nitidamente aqui ele ainda estava se contendo. Mais à
frente ele criaria o simpático Rato-Castor Gucky, que ganharia a reprovação do outro
criador da série, K. H. Scheer, mas se tornaria extremamente popular entre os
leitores.
Um aspecto negativo do livro é que metade dele é dedicado à
decifração das mensagens, deixando a ação no passado apertada e apressada.
Uma curiosidade é ver como os autores da década de 1950
imaginavam o futuro. À certa altura, Rhodan recebe informações do computador na
forma de um papel escrito e precisa repassar essas informações a outro
computador e o faz introduzindo o papel no outro aparelho. Aparentemente os
autores da série, embora fossem visionários sobre o futuro, não imaginaram a
possiblidade de internet ou de computadores em rede.
1 comentário:
Concordo. Coisas da época. Fez também muita falta a comunicação entre os autores na elaboração de equipamentos e personagens, principalmente no começo da saga. Não tinham uma base comum tipo tal raça é assim ou assado, alguns fugiam um pouco à descrição dos outros. Ou conquanto à transições, no começo da série, descritas como temerárias dentro de um sistema solar e em outro livro materializando dentro da atmosfera dum planeta. Mas ainda assim amo a série.
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