quinta-feira, novembro 25, 2021

Perry Rhodan – Pista no tempo e no espaço

 


No décimo quinto livro da série Perry Rhodan, o protagonista e seus amigos estavam diretamente envolvidos com a pista para o planeta da imortalidade.

No número anterior eles tiveram acesso a uma mensagem cifrada, que, depois de decodificada pelo computador em Vênus revelou a seguinte mensagem: “Se você sabe alguma coisa sobre a nossa luz, verifique então de quem obteve essa informação. Apenas um maravilhou-se ante as máquinas do saber. Veio nos últimos tempos, apenas segundos para mim. Encontre-o e interrogue-o! Se quiser ir até ele, desça à arca do tempo, mas não venha sem o conhecimento sobre a sua pessoa. Perguntarão a você o seu nome”.

Essa mensagem extremamente misteriosa acaba se revelando mais uma incógnita: para terem acesso à próxima pista, Rhodan e seus companheiros deverão procurar o arconida que descobriu o planeta Ferrol e seu sistema. Mas isso fora há milhares de anos! A situação é bem sintetizada no texto da capa da edição nacional: “Travar contato com alguém que morreu havia dez mil anos! Era essa a missão que Rhodan teria que cumprir...”.

Claro que isso vira motivo para uma viagem ao passado, a uma época em que Ferrol era um planeta medieval – e todas as escaramuças resultantes. O livro é escrito por Clark Darlton, que, entre seus muitos tanlentos, estava a capacidade de incluir humor no meio da mais desenfreada ficção-científica, mas nitidamente aqui ele ainda estava se contendo. Mais à frente ele criaria o simpático Rato-Castor Gucky, que ganharia a reprovação do outro criador da série, K. H. Scheer, mas se tornaria extremamente popular entre os leitores.

Um aspecto negativo do livro é que metade dele é dedicado à decifração das mensagens, deixando a ação no passado apertada e apressada.

Uma curiosidade é ver como os autores da década de 1950 imaginavam o futuro. À certa altura, Rhodan recebe informações do computador na forma de um papel escrito e precisa repassar essas informações a outro computador e o faz introduzindo o papel no outro aparelho. Aparentemente os autores da série, embora fossem visionários sobre o futuro, não imaginaram a possiblidade de internet ou de computadores em rede.

1 comentário:

xande disse...

Concordo. Coisas da época. Fez também muita falta a comunicação entre os autores na elaboração de equipamentos e personagens, principalmente no começo da saga. Não tinham uma base comum tipo tal raça é assim ou assado, alguns fugiam um pouco à descrição dos outros. Ou conquanto à transições, no começo da série, descritas como temerárias dentro de um sistema solar e em outro livro materializando dentro da atmosfera dum planeta. Mas ainda assim amo a série.