No número 11 da revista do Homem-aranha, Stan Lee E Steve Ditko trouxeram de volta um vilão que se tornaria um dos mais importantes do panteão do personagem e inauguraram algo que seria uma das marcas da série: a identidade secreta interferindo na vida amorosa de peter Parker.
A splash page inicial,
genial por sua capacidade narrativa, já dava o tom da história. Betty Brand
soca o peito do homem-aranha e diz: “Eu te odeio, Homem-aranha! Vou te odiar
até o dia da minha morte!”. A legenda, acondicionada dentro de um ponto de
interrogação: “Estará o Homem-aranha fadado a perder sua amada Betty Brand?
Como isso aconteceu e por quê?”. Ao fundo, a sombra do doutor Octopus estende
seus tentáculos sobre os dois. A legenda afirma no melhor estilo marqueteiro da
Marvel: “Ninguém a não ser Stan Lee, poderia ter escrito essa história épica!
Ninguém menos que Steve Ditko poderia ter desenhado cenas tão arrebatadoras”.
Uma aula narrativa numa única página.
Na história, o Dr. Octopus
termina de cumprir sua sentença e vai ser libertado. O Homem-aranha resolve
visitar o presídio para tentar convencer o diretor a não libertar o vilão, o
que mostra que Peter Parker poderia ser um gênio da ciência, mas não entendia
nada de direito.
Claro que o diretor não
aceita a sugestão e Parker resolve monitorar o vilão criando o rastreador
aranha, que aparece pela primeira vez nessa história, embora ainda não tivesse
esse nome.
Para provar que o Homem-aranha
era um personagem diferente até mesmo dos diferentões da Marvel, temos uma
situação inusitada: à certa altura, ele cai de mal jeito e machuca o tornozelo.
Quem poderia imaginar o Thor passando por algo semelhante?
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