sábado, março 05, 2022

Jornada nas estrelas – Síndrome do Paraíso


Na terceira temporada a produção de Jornada nas Estrelas estava praticamente sem dinheiro. Exemplo disso é o terceiro episódio, Síndrome do Paraíso, nitidamente com cenários e roupas reaproveitados de outras atrações.

Na história, um planeta vai ser atingido por um asteroide e a Entreprise é enviada para desviar o corpo celeste. Mas antes disso, Kirk, McCoy e Spock descem ao planeta para conhecer os habitantes locais. Lá eles encontram uma sociedade muito parecida com a dos Delawares, Navajos e Moicanos. Em contraste com essa civilização agrária, há um obelisco com inscrições misteriosas que nitidamente não foi feita pelos aborígenes. Kirk inadvertidamente é tragado pelo monumento, bate a cabeça e fica sem memória. Quando finalmente consegue sair do local, é visto como um deus pelas indígenas que o encontram.

Enquanto isso, McCoy e Spock voltam para a Entreprise e tentam desviar o curso do asteroide, mas parece ser tarde demais.

O reaproveitamente de cenários e roupas é explicado no roteiro por uma raça alienígenas que coletava povos em situação de risco e os colocava em outros planetas, de certa forma semeando seres humanos pela galáxia.

Mas há problemas aí: então os indígenas norte-americanos eram uma dessas civilizações plantadas pelos alienígenas? Ou os alienígenas teriam usado os índios norte-americanos como referência? Ou a população daquele planeta distante era descente de índios norte-americanos? Nada disso é muito explicado ou explorado.

Outro problema: com um tempo tão limitado para desviar o asteroide, porque Kirk, McCoy e Spock desceram ao planeta para conhecê-lo antes de fazer o desvio e não depois?

O episódio, entretanto, não é de todo ruim. Há uma boa dinâmica entre Kirk e Miramani, a indígena que acaba se apaixonando por ele e a narrativa paralela, com dois perigos ocorrendo ao mesmo tempo se revelou uma boa solução narrativa, que seria usada inclusive em episódios da nova geração.

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