Na terceira temporada a produção de Jornada nas Estrelas estava praticamente sem dinheiro. Exemplo disso é o terceiro episódio, Síndrome do Paraíso, nitidamente com cenários e roupas reaproveitados de outras atrações.
Na história, um planeta
vai ser atingido por um asteroide e a Entreprise é enviada para desviar o corpo
celeste. Mas antes disso, Kirk, McCoy e Spock descem ao planeta para conhecer
os habitantes locais. Lá eles encontram uma sociedade muito parecida com a dos
Delawares, Navajos e Moicanos. Em contraste com essa civilização agrária, há um
obelisco com inscrições misteriosas que nitidamente não foi feita pelos
aborígenes. Kirk inadvertidamente é tragado pelo monumento, bate a cabeça e
fica sem memória. Quando finalmente consegue sair do local, é visto como um
deus pelas indígenas que o encontram.
Enquanto isso, McCoy e
Spock voltam para a Entreprise e tentam desviar o curso do asteroide, mas
parece ser tarde demais.
O reaproveitamente de cenários
e roupas é explicado no roteiro por uma raça alienígenas que coletava povos em
situação de risco e os colocava em outros planetas, de certa forma semeando
seres humanos pela galáxia.
Mas há problemas aí: então
os indígenas norte-americanos eram uma dessas civilizações plantadas pelos
alienígenas? Ou os alienígenas teriam usado os índios norte-americanos como
referência? Ou a população daquele planeta distante era descente de índios
norte-americanos? Nada disso é muito explicado ou explorado.
Outro problema: com um
tempo tão limitado para desviar o asteroide, porque Kirk, McCoy e Spock
desceram ao planeta para conhecê-lo antes de fazer o desvio e não depois?
O episódio, entretanto,
não é de todo ruim. Há uma boa dinâmica entre Kirk e Miramani, a indígena que
acaba se apaixonando por ele e a narrativa paralela, com dois perigos ocorrendo
ao mesmo tempo se revelou uma boa solução narrativa, que seria usada inclusive
em episódios da nova geração.
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