Vikings é uma das séries
de maior sucesso dos últimos anos. Foi tão popular que mesmo depois da morte do
protagonista, Ragnar Lothbrok, continuou, foca nos filhos do líder viking.
Dessa forma, criar uma
série derivada era uma responsabilidade imensa. Criada por Jeb Stuart, Vikings
Valhalla se passa 100 anos após o início das invasões vikings, retratadas na
primeira série. O estopim da história é o massacre do dia de São Brice, quando
o rei da Inglaterra ordena a morte de todos os vikings residentes na ilha. A
trama, assim, começa com os nórdicos se preparando para uma expedição de
vingança.
A série é focada em Leif
Erikson, um navegador groelandês que de fato existiu e teria sido o primeiro
viking a chegar à América do Norte.
Em Vikings Valhalla, Leif
chega em Kattegat quando estão sendo feitos os preparativos para a expedição
punitiva. Mas seu objetivo é outro: ele pretende vingar sua irmã Freydis
Eriksdotter, que havia sido violentada e marcada com uma cruz por um dos
assessores do rei Olaf. Quando Freydis mata o homem que a violentou, Leif é
obrigado a integrar a expedição como forma de manter a vida da irmã. No
processo ele acaba se tornando amigo do príncipe Harald Sigurdsson.
A decisão de focar em
acontecimentos futuros é mais do que acertada, mas arriscada: os personagens da
nova série precisariam ser tão carismáticos quanto os da série original. E são.
Leif Erikson, interpretado por Sam Corlett, faz o papel que a série original
era de Ragnar Lothbrok: a do jovem que sai da obscuridade para a história.
O elenco é afinado e
desponta com vários ótimos atores, com destaque para Laura Berlin no papel de
Emma da Normandia, a Rainha da Inglaterra. Desde sua primeira aparição na tela,
ela rouba cena com sua atuação contida, mas, ao mesmo tempo, expressiva. Laura
Berlin faz parte daquele seleto grupo de atores que conseguem passar toda a
motivação e intenção do personagem com apenas um olhar. E é uma atuação
favorecida por uma personagem inteligente e astuta, capaz de fazer tanto planos
de guerra quanto intrigas palacianas.
Aliás, esse é um
diferencial de Vikings Valhalla: como nesse período os nórdicos já haviam
configurado uma sociedade mais hierarquizada, ocupando postos de poder, há
muito espaço para intrigas palacianas. Nesse sentido, o astuto Godwin,
interpretado por David Oakes, é um ótimo acréscimo. O personagem é do tipo
traiçoeiro, que a qualquer momento pode estar tramando a morte da pessoal da
qual é aliado.
Acrescente a isso ótimas
cenas de batalha e de luta e temos um seriado que consegue fazer jus à série
original e chega a ser melhor até mesmo do que as últimas temporadas de
Vikings.
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