Segundo o livro IBM e o holocausto, de Edwin Black , a
empresa teve papel fundamental na descoberta, catalogação e eliminação de
judeus.
Black, um americanos filho de judeus que sobreviveram à
perseguição nazista, mostra que a IBM teve lucros recordes com esse contrato.
A identificação dos judeus era elemento essencial na sua
segregação e confisco de bens, isolamento em guetos, deportação, trabalho
escravo e, finalmente, eliminação. Esse era um desafio tão grande que só
poderia ser solucionado por um computador.
Na época não existia computador, mas existia a tecnologia
Hollerith, de cartões perfurados. Os historiadores sempre se espantaram com a
facilidade e rapidez com que os nazistas conseguiam identificar e perseguir os
judeus. A resposta pode estar na IBM, que providenciou a automatização da
perseguição.
Além de identificar os judeus, os cartões da IBM permitiam o
gerenciamento das ferrovias e a organização do trabalho escravo nos campos de
concentração.
Um exemplo do usos cartões da IBM era o campo de
Bergen-Belsen. Cada prisioneiro era identificado por um cartão. A terceira
coluna de furos identificava a categoria de prisioneiros. O furo de número 3
significava homossexual, o 8 judeu, o 12 cigano. A coluna 34 identificava a
razão do envio para o campo. 2 significava que continuava trabalhando, o 6 era
o tratamento especial, eufenismo para extermínio.
O sistema de cartões usados pelos nazistas representavam metade
do lucro mundial da empresa, que contratava milhões de recenseadores.
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