sábado, outubro 29, 2022

Jornada nas estrelas – O Dia da paz



Embora teoricamente a Enterprise tenha uma hierarquia militar, Jornada nas Estrelas é um seriado eminemente pacifista. Nenhum episódio deixou isso tão claro quanto O dia da paz, da terceira temporada.

Escrito por Jerome Bixby, o episódio mostra a Enterprise atendendo a um pedido de socorro de uma colônia terrestre. Mas quando chega lá, não há sequer vestígio da colônia. Nesse entremeio, uma nave klingon chega ao local também atendendo a um pedido de socorro e é destruída. Apenas o capitão e alguns homens sobrevivem e passam a culpar os humanos pelo ataque.

Levados para a nave, como prisioneiros, os klingons conseguem escapar quando os feisers da tripulação humana é transformada em espadas. A partir desse ponto instala-se uma guerra nas dependências da nave.

Por trás disso está um alienígena que se alimenta de situações de ódio e violência.

Para evitar que a nave seja destruída, Kirk precisa convencer o comandante klingon, Kang, de que as hostilidades devem cessar.

O episódio é repleto de fala emblemáticas de Kirk, entre elas: “Para o resto de nossas vidas, mil existências, numa luta sem sentido, enquanto um alienígena tem total controle sobre nós. O bom e velho jogo de guerra, peão contra peão, enquanto em algum lugar, uma coisa fica observando, rindo e começa tudo outra vez”. A fala, critica a guerra ao mostrar que os que que lutam são fantoches enquanto que os que lucram com a guerra se divertem e não correm nenhum risco.

O dia da paz faz o que Jornada faz de melhor: transformar um mote de ficção científica numa metáfora de nosso mundo.  

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