domingo, fevereiro 26, 2023

X-men vs Novos Titãs

 

No início da década de 1980 os gibis que mais vendiam, tanto na DC quanto na Marvel, eram dois azarões.
X-men estava para ser cancelada quando foi salva por Chris Claremont e se tornou um hit na fase Byrne - Claremont.
Os Novos Titãs, uma releitura da Turma Titã mudou completamente a forma como os parceiros mirins eram mostrados nos quadrinhos e angariou uma geração de fãs, tornando-se um sucesso duradouro.
A bela capa de Walter Simonson. 


Seria uma ótima ideia, portanto, juntar os dois grupos juvenis em um crossover Marvel – DC. Para realizar a tarefa foram escalados Chris Claremont (roteiro), Walter Simonson (desenhos) e Terry Austin (arte-final). A escolha de Simonson é estranha, uma vez que ele nunca desenhou nenhum dos dois grupos. Mas ele consegue dar conta do recado e se sai particularmente bem nas cenas espaciais ou grandiosas. O problema: é um desenho feito especificamente para ser lido em formato americano. No formatinho da Abril (a história foi publicada em Grandes encontros Marvel & DC 2) muita coisa se perde. Muitas vezes é impossível descobrir incluse qual é o personagem que está falando – e quando se trata de Chris Claremont, há sempre um personagem falando. Ou pensando. Ou pensando sobre os outros personagens. Ou pensando sobre o que os outros personagens estão pensando dele. Nesse sentido, o formatinho era uma benção, pois a adaptação diminuía bastante o texto de Claremont.
Claremont adorava mostrar os personagens pensando. 


A trama mostra Darkside recolhendo os resíduos energéticos da Fênix para revivê-la. Funciona bem, embora Darkside não seja um inimigo do panteão dos Titãs.
Apesar dos problemas com o desenho no formatinho e o excesso de textos de Claremont, o resultado é uma história divertida, com um perigo real e versões dos personagens fieis a suas personalidades.

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