No final dos anos 1960 os leitores achavam que o vilão
Abutre havia morrido. Nos números anteriores ele havia sido substituído por um
prisioneiro chamado Blackie Drago e tudo levava a crer que ele morrera num
incêndio no hospital da prisão.
Mas no número 63 de The Amazing Spider-man ele volta mais
mortal do que nunca.
A belíssima splash page inicial é um exemplo do talento de Romita. |
A história já inicia com uma splash page realmente
memorável, com o personagem no alto de um prédio. O uso inteligente da luz e
sombra e a composição com as asas dominando o quadro são uma boa amostra de
como John Romita era um mestre do desenho.
Na história, o vilão rouba o uniforme usado por Drago, que
estava em exposição no Museu da cidade. Depois solta Drago da prisão. Seu
objetivo é enfrentar Drago vestido com o uniforme verde num combate alado e,
assim, mostrar para a cidade que ele é o verdadeiro Abutre.
Vida sofrida: Parker tem dores no ombro e problemas com a namorada. |
Enquanto isso, Peter Parker sofre com mais um de seus
infinitos problemas: seu ombro está dolorido em decorrência de uma história
anterior. Mas quando os dois abutres se engalfinham nos céus da cidade, o rapaz
é chamado por JJ Jameson para fotografar o combate do século.
Um garotinho cai da sacada do prédio destruída pelo combate
e o aracnídeo é obrigado a intervir. Mas com o ombro machucado ele não é páreo
para o Abutre.
O combate dos abutres coloca em risco a vida de um garotinho. |
A história termina numa daquelas situações de suspense
típicas de Stan Lee: o personagem caído no meio da rua, desmaiado e à mercê da
população.
A dinâmica da história não permite que Stan Lee introduza
uma cena de encontro de jovens, na qual ele brilhava com diálogos certeiros e
divertidos. Mas a história compensa pelas cenas de ação e pelo equilíbrio do
texto. Nas primeiras histórias do aranha, Lee escrevia demais. Nessa fase, seu
texto já tinha
encontrado o tamanho certo, encaixando perfeitamente no
desenho elegante de John Romita.
Sem comentários:
Enviar um comentário