Em
sua série sobre os dois heróis verdes da DC Comics, Denny O´Neil e Neal Adams
falaram de várias mazelas dos EUA. A
situação dos indígenas norte-americanos foi abordada no número 79 da revista.
A
história começa com um indígena sendo perseguido por dois homens que pretendem
matá-lo. Ao interferir, os heróis descobrem que os perseguidores são o
presidente do sindicato dos lenhadores e um brutamontes que se diz dono da
área. Há 100 anos, o chefe Ulysses Estrela tinha feito um acordo com
Washington, que cedia toda a madeira da região para sua tribo. O problema é que
o registro desse acordo se perdeu e agora os lenhadores querem aproveitar para
derrubar a floresta e lucrar com isso.
Neal Adams inovava nas soluções gráficas. |
A
partir desse problema, cada herói tenta resolver o caso à sua maneira. O
certinho Lanterna Verde procura os meios legais e chega a acionar um deputado
em Washington, além de procurar o último descendente de Ulysses Estrela. Já o
Arqueiro, em consonância com sua personalidade impetuosa, prefere se disfarçar
como o fantasma de Ulysses Estrelas e convencer os indígenas a lutarem.
O Lanterna salva o último descendente de Ulysses Estrela de um incêncio criminoso... |
As
divergências entre os dois termina com ambos lutando em um riacho.
O desenho de Adams está soberbo, como sempre, mas o roteiro tem problemas. Por exemplo, por que o descendente de Ulysses Estrela foi para a cidade ao invés de usar o documento para garantir os direitos da tribo?
... enquanto o Arqueiro se disfarça como o fantasma do chefe indígena. |
Além disso, no final, as
ações dos heróis não interferem em nada e tudo acaba se resolvendo de outra
maneira. Talvez essa fosse uma forma O´Neil de afirmar que no final, quem deve
resolver seus problemas são as pessoas normais, e não heróis, embora a história
não deixe isso claro.
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