domingo, agosto 18, 2024

Perry Rhodan – A fortaleza atlântica

 



Quando surgiu, o personagem Atlan era uma incógnita total. Os leitores não sabiam quem era ele, como ele se tornara imortal (a ponto de interferir na história da humanidade) e principalmente como ele se tornara um único arcônida no planeta Terra.
Parte dessas perguntas são respondidas no volume 60 da série. O volum é escrito por K. H. Scheer (que nitidamente gostava muito do personagem a ponto ser o único a escrever histórias centradas nele) e acompanha Atlan sendo recebido a bordo de Drussus como almirante e apresentado às provas de que a raça arcônida degenerou em uma raça sem iniciativa, viciada em jogos fictícios e imagens lisérgicas. Rhodan tem um objetivo: quer saber se Atlan pode ajudar no problema dos invisíveis, que fazem desaparecer populações inteiras de planetas.
Aqui começa a parte realmente interessante do volume: Atlan conta como foi chamado ao sistema Larsa, onde destronou o governante de Larsa II, que oprimia com mãos de ferro os colonos locais. Após isso, levou alguns dos colonos para o terceiro planeta do sistema, onde já começava a surgir uma forma de vida ainda pouco evoluída, de homens da caverna.
A capa original alemã. 


O leitor esperto percebe logo que Larsa é o Sol, Larsa II é Vênus e Larsa III é a Terra. Isso explica, por exemplo, o gigantesco computador encontrado por Rhodan em Vênus lá no volume 8, Base em Vênus.
Atlan enfrentou, naqueles tempos imemoriais, a ameaça dos invisíveis – e aparentemente descobriu uma forma de impedir sua ação – o que fica como gancho para o próximo livro.
Scheer constrói uma envolvente narrativa em primeira pessoa, que tenta simular o pensamento de um extraterrestre dotado de dois cérebros. 

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