Ajax, o caçador marciano, é um dos
personagens mais tradicionais da DC comics, tendo participado da Liga da Justiça
desde a sua primeira formação. Entretanto, poucas vezes o personagem ganhou destaque
próprio.
Em 1988, JM Dematteis, escritor da Liga ,
aproveitou um gancho de uma das histórias para criar uma minissérie em quatro
partes que desenvolvia e redefinida o herói marciano.
O desenho de Mark Badger funciona muito bem na história. |
Na história, Ajax enlouquece após ser
infectado por um esporo e começa a ser perseguido por um deus marciano e por
recordações de seu planeta natal. Mas as aparições existem mesmo ou são apenas
fruto da febre de uma mente paranormal?
Ajax é atormentado por um deus marciano. |
A série se destaca pelas sequências com ótimo
texto com recursos poéticos, a exemplo de:
(exceto no sono)
Jamais fugi
(exceto em sonhos)
Nunca fui colhido pelo terror
(exceto nos momentos em que algo vago e
inominável trilhou por minha mente)
O texto é poético. |
Por outro lado, o desenho de Mark bagder se encaixa bem nessa trama lisergica.
Essa minissérie, profundamente intimista, tinha
pouca ação, mas ainda assim era uma leitura cativante.
No final, a versão de Dematteis para Marte de
Ajax é uma bela homenagem a Ray Bradbury.
No Brasil essa minissérie foi publicada na
revista Liga da Justiça.
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