domingo, novembro 24, 2024

Perry Rhodan 66 – Os escravos cósmicos

 

No número 66 da série Perry Rhodan, o planeta Fera Cinzenta já se tornara importante o bastante para se tornar uma narrativa pararela às histórias centradas nos protagonistas.

Nos números anteriores o leitor havia acompanhado como uma tentativa de assassinar Rhodan havia fracassado e como os integrantes dos dois grupos envolvidos tinham sido enviados para outro planeta e como uma revolta tinha feito com que a astronave caísse no planeta desconhecido apelidado de Fera Cinzenta. Duas facções haviam se estabelecido em torno de dois líderes: o despótico Hollander e o democrata Mullon. Uma vez neutralizada a ameaça de Hollander, surge uma nova ameaça: o planeta é invadido por alienígenas dispostos a transformar os colonos em escravos, fazendo com que eles plantem cereais em centenas de milhares de quilômetros.

A capa original alemã. 


Os invasores são chamados de peepsies e descritos dessa forma por Kurt Mahr, autor do volume: “Tinham pelo menos dois metros de comprimento e eram tão magros que não se compreendia como não quebravam ao meio quando andavam eretos. Não tinham cabelos na cabeça e a caixa craniana brilhava como se tivesse sido coberta de açúcar de confeiteiro. Os olhos pareciam muito grandes. O nariz era ossudo e abria-se de forma grotesca na metade inferior”.  

O livro gira todo em torno de uma situação de suspense: os terranos conseguirão se livrar do jugo dos peepsies sem que seja necessário o auxílio dos homens de Rhodan (uma nave terra foi enviada ao local para monitorar a colônia, mas só intervir em último caso)?

Mahr, que à essa altura já tinha se tornado um autor competente, consegue estabelecer uma narrativa interessante e verossímil, em que os métodos de resistência criado pelos humanos parecem óbvios e fazem todo o sentido considerando-se as fraquezas dos peepsies.

Uma curiosidade do volume é que este é, provavelmente, o primeiro da série em que se fala de pena de morte. É mencionado que ela foi proibida na Terra após a unifacação e alguns argumentam que voltar a aplicá-la seria um retorno à barbárie. Entretanto, ela é executada duas vezes. Nas duas Mahr evita descrições detalhadas. Não sabemos nem mesmo com que método a pena foi executada. 

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