A série Perry Rhodan traz algumas ótimas histórias que acabam sendo arruinadas por um escritor pouco competente. Exemplo disso é O Drung, volume 204.
Na história, a
tripulação da Crest II é infectada por um esporo inteligente que age como um
organismo único.
O Drung é como os fungos
que transformam as formigas em zumbis, obrigado-as a obedecerem suas ordens
(sim, esses seres existem), mas com uma diferença: ele consegue infectar
milhares de pessoas ao mesmo tempo, colocando-as todas sob seu comando. Para
garantir a obediência, o parasita provoca espasmos, dores e falta de ar nos
hospedeiros. Até mesmo uma observação negativa a respeito deles é imediatamente
punida com um sofrimento atroz (o parasita consegue ouvir e ler pensamentos).
Esse ser havia sido banido da galáxia de Andrômeda e quer usar a Crest II para
voltar para lá, mas a forma como pretende fazer isso pode provocar a morte de
todos a bordo.
A capa alemã. |
Quem acaba salvando o
dia é Icho Tolot. Como todo halutense, ele tem dois cérebros, um dos quais
funciona como um computador, o que lhe permite elaborar um plano, já que o
esporo não consegue entender a linguagem binária. Os pensamentos de Tolot no
livro são expressos em 0 ou 1, o que é uma ótima sacada.
O problema é que esse
livro é escrito por Kurt Brand, que simplesmente não consegue desenvolver a
trama. Para se ter uma ideia, a história de fato só começa ali pela metade do
livro (ler até essa parte foi uma tortura digna do drung) e mesmo quando o
conflito se estabelece, ele se perde muitas vezes em termos e mais termos
técnicos.
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