Eu jurava que a ideia de fazer o golias
esmeralda passar por uma psicoterapia tinha sido de Peter David, mas lendo The
incredible Hulk 227, descubro que quem primeiro teve essa sacada foi Roger
Stern.
Na história anterior, Banner tinha sido
curado, mas foi bombardeado novamente com radiação gama para derrotar o Líder. Isso
faz com que o Doutor Sanson comece a considerar a possibilidade de Banner
controlar o Hulk. Para isso, ele resolve colocar o monstro no divã.
Sason injeta adrenalina em Banner para ter um Hulk sob controle.
Para ter Hulk sob controle, ele injeta no
corpo do cientista “epinefrina gama”. E o que seria isso? Se você pesquisar,
vai descobrir que epifefrina é nada mais nada menos que um nome chique para... adrenalina,
o hormônio que é injetado no corpo quando estamos com raiva.
O doutor usa também um equipamento que lhe
permite entrar nas lembranças do monstro. Uma dessas lembranças era de quando
ele era um bebê e se queimou ao tocar em um aquecedor. A outra, de Banner já jovem,
sofrendo um acidente no laboratório e sendo humilhado pelo professor: “Banner,
você é o palerma mais descuidado e idiota a infestar minha sala de aula!”.
Essa história já deixa a dica de que o Hulk surgiu de um trauma de infância.
Essa sequência já tinha o germe que seria
explorado depois, de que Hulk é fruto de um trauma de infância de Bruce Banner,
em especial na sequência inicial, em que o monstro destrói a casa: “Hulk odeia
esta casa!”, grita ele, desfazendo o local com um soco. Mas Roger Stern não foi
em frente, ou talvez não tenha tido autorização para ir em frente e mostrar
qual de fato foi esse trauma de infância.
A história tem também uma batalha imaginária
com os Vingadores só para garantir a cota de porrada, mas vale principalmente
por ter lançado as bases do que seria explorado lá na frente por outros
roteiristas, como Bill Mantlo e Peter David.
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Uma briga com os Vingadores, porque, afinal, é um gibi de super-heróis. |
Uma curiosidade aqui é que nessa história o traço de Sal Buscema é arte-finalizado por Klaus Jason. Embora Jason tenha sido perfeito no Demolidor de Miller, aqui ele simplesmente não combina.
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