Em 1978 a DC comics teve a ideia de juntar seu principal personagem com o boxeador
Muhammad Ali em uma luta.
A premissa era absurda e teria se tornado um tremendo mico se não tivessem selecionado uma equipe de craques para o trabalho.
Para escrever colocaram Dennis o Neil e para desenhar, Neal Adams. A dupla já tinha revolucionado o Batman e criado uma cultuada saga do Lanterna e Arqueiro Verde.
Para a arte final ninguém menos que Dick Giordano e Terry Austin.
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O roteiro explora a atuação política do boxeador. |
A história já se mostrava grandiosa desde a capa, na qual o Super e Muhammad lutam num ringue sendo observados por uma plateia que incluía desde astros de rock, como os Beatles, até políticos, como o presidente Jimmy Carter e até vários artistas da própria DC e até da Marvel.
A trama é forçada. Uma raça alienígena quer que o principal lutador terrestre peleje contra seu campeão ou a Terra será destruída.
Mas surge um impasse: quem é o maior campeão: o Super-Homem ou Muhammad Ali?
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O embate acontece sob um sol vermelho, o que faz com que o Super perca seus poderes. |
Para resolver essa questão os alienígenas criam um programa com duas atrações. Na primeira se enfrentam os dois campeões terrestres e o vencedor e enfrenta o campeão deles.
Dennis o Neil consegue dar alguma credibilidade a essa premissa totalmente forçada e ainda reserva um plot Twist para o final. O roteirista obviamente pesquisou sobre o boxeador e coloca algumas curiosidade sobre ele no texto, com.o o fato dele normalmente prever em qual assalto irá conseguir o nocaute. Há também uma sequência na qual ele ensina box ao Super como se os golpes fossem parte de um discurso, numa nitida referência à sua atuação política.
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As páginas duplas de Nel Adams são impressionantes. |
Mas quem brilha mesmo é o desenhista. Neal Adams pareceu achar que até mesmo a página de quadrinhos era pequena demais para seu talento e encheu a história com página duplas deslumbrantes e repletas de detalhes e minúcias.
A DC percebeu o tom épico da história e a lançou numa edição especial, num formato maior. Quando publicou a história no Brasil, um ano depois, a Ebal seguiu o.mesmo formato grandioso.
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