O número 215 da série Perry Rhodan é
todo focado na nave Androtest II, cuja missão é resgatar Rhodan no sistema Horror,
um planeta artificial composto por várias camadas que funcionam como uma
armadilha. Nos números anteriores, os terranos tinham sido miniaturizados,
assim como a nave Crest.
Esse é um volume complicado. Nitidamente
no resumo que foi entregue o autor não acontecia nada – era apenas a viagem em
estágios rumo ao sistema em que se encontra Rhodan.
H. G. Ewers, o autor do volume, é um ótimo
narrador, como se percebe nesse trecho, descrevendo uma transição: “Véus coloridos
juntavam-se em desenhos que cambiavam rapidamente, voltavam a desmanchar,
estavam ora próximos ora distantes. (...) Todas as cores desbotaram,
transformando-se numa mancha negra: no meio dela, dois sóis avermelhados. O preto
vazio – universo em chamas”.
Mas, apesar de ser um bom narrador,
Ewers simplesmente não sabe desenvolver a trama e isso é prejudicado por um capítulo
em que, teoricamente não deveria acontecer nada.
Ewers inventa vários mistérios que
deveriam ser ganchos, mas que acabam se tornando apenas pontas soltas. A única
trama trazida por que ele fecha é a do Okrill Sherlock, que no final acaba se
revelando bizarra.
Para coroar, no final eles não conseguem
salvar Rhodan, o que é uma grande decepção, já que o título, O ponto final de
Horror, dava a entender que finalmente esse ciclo seria encerrado.
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