terça-feira, abril 29, 2025

Perry Rhodan – O ponto final de horror

  


O número 215 da série Perry Rhodan é todo focado na nave Androtest II, cuja missão é resgatar Rhodan no sistema Horror, um planeta artificial composto por várias camadas que funcionam como uma armadilha. Nos números anteriores, os terranos tinham sido miniaturizados, assim como a nave Crest.

Esse é um volume complicado. Nitidamente no resumo que foi entregue o autor não acontecia nada – era apenas a viagem em estágios rumo ao sistema em que se encontra Rhodan.

H. G. Ewers, o autor do volume, é um ótimo narrador, como se percebe nesse trecho, descrevendo uma transição: “Véus coloridos juntavam-se em desenhos que cambiavam rapidamente, voltavam a desmanchar, estavam ora próximos ora distantes. (...) Todas as cores desbotaram, transformando-se numa mancha negra: no meio dela, dois sóis avermelhados. O preto vazio – universo em chamas”.



Mas, apesar de ser um bom narrador, Ewers simplesmente não sabe desenvolver a trama e isso é prejudicado por um capítulo em que, teoricamente não deveria acontecer nada.

Ewers inventa vários mistérios que deveriam ser ganchos, mas que acabam se tornando apenas pontas soltas. A única trama trazida por que ele fecha é a do Okrill Sherlock, que no final acaba se revelando bizarra.

Para coroar, no final eles não conseguem salvar Rhodan, o que é uma grande decepção, já que o título, O ponto final de Horror, dava a entender que finalmente esse ciclo seria encerrado.

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