Além dos desenhos impressionantes do filipino Tony DeZuñiga, a série Jonha Hex se destacava pelos roteiros bem elaborados e cheios de reviravoltas de John Albano.
A trapaça, publicado em Weird Western 18 exemplifica muito bem isso. A história começa com dois malandros perseguindo e matando um homem. A razão: eles pretendiam roubar o registro de uma mina. Mas só depois do assassinato eles percebem que tiveram uma testemunha, que deve ser eliminada. “Num gostamo de deixaá testemunhas por aí, vivos”, diz um deles.
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Dois bandidos matam um homem no deserto e resolvem eliminar também a testemunha... |
Só que para azar dos dois, a testemunha é ninguém menos que Jonah Hex.
O homem que estava sendo perseguido, antes de morrer, pede para Hex levar a escritura da mina para sua filha cega, e o pistoleiro aceita, mediante um pagamento de 100 dólares, o que ele faz (posteriormente irá se descobrir que a escritura é falsa e a culpa recairá sobre Hex).
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... mas para azar deles a testemunha é Jonah Hex. |
Na cidade ele conhece um homem que lhe propõe uma sociedade: ajudar a exibir, um rapaz que foi criado pelos lobos e adiquiriu os hábitos desses animais.
Numa das exibições, um rico fazendeiro vê o rapaz e reconhece nele uma marca de nascença de seu filho, que julgava perdido depois de um ataque de índios. Para recuperá-lo, o homem está disposto a pagar uma alta soma.
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Hex recebe a proposta de ajudar na exibição de um garoto-lobo. |
Até aqui parece que a história é composta de elementos soltos, que não se relacionam, mas conforme a trama se desenvolve descobrimos que tudo se relaciona: do registro falso da mina ao homem-lobo, passando pela tentativa de incriminar Jonah Hex.
Albano tinha esse dom de costurar os elementos mais díspares da trama.
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