O grande momento de toda a carreira do Capitão Marvel será o confronto com Thanos (que havia se apossado do Cubo Cósmico). Esse confronto vai começar, de fato, no número 31 da revista.
A história começa meio ridícula, como se fosse uma
concessão à imposição da Marvel de começar com ação. Capitão Marvel e Serpente
da Lua chegam no QG dos Vingadores e encontra todos os colegas lutando contra o
Destruidor. Dura uma página e na página seguinte já está todo mundo conversando
amigavelmente, como se não estivessem trocando sopapos alguns minutos antes.

A história começa com um porradal.
Depois desse começo constrangedor, temos o foco em Thanos e
aqui vemos pela primeira vez a motivação do vilão: “Ninguém jamais saberá que
foi feito por um motivo muito mais profundo... feito por aquilo que eu, sendo o
mais solitário do que qualquer criatura da galáxia, valorizo mais do que a
vida... o amor!”
E vemos a imagem fria da Morte, sendo cortejada por Thanos.

Thanos comete todas as atrocidades em nome do amor.
Só essa sequência já valeria toda a saga. Quem, além de Jim Starlin, poderia imaginar um vilão cuja principal motivação é o amor? Um vilão que quer provocar morte e destruição como uma declaração romântica?
Thanos desmaterializa os Vingadores, transportando-os para o satélite Titã, onde assistem paralisados a demonstração de força do vilão em uma sequência de tirar o fôlego do leitor. Quando ele mostra o deus Cronos aprisionado, suas mãos e pernas presos em planetas, o leitor pensa: acabou, é impossível vencê-lo. Uma certeza que fica cada vez mais forte à medida em que os heróis são, um a um, derrotados.

Quando Thanos derrota todos os heróis tudo parece perdido...
No final, Thanos funde-se ao cubo cósmico numa demonstração
da capacidade narrativa tanto visual quanto textual de Jim Starlin:
“Então tem início” Thanos silencia! O cubo começa a pulsar com
energia se acumulado! Este é o momento definitivo! Este é o objetivo de Thanos:
conquistar o único objeto que torna qualquer coisa possível, e então desejar o
impossível!”.

... mas a situação piora quando ele se torna um deus.
Na página seguinte, numa imagem de enorme impacto, vemos
Thanos, integrado às estrelas, transformado agora em um deus!
Provavelmente em nenhum momento dos quadrinhos de
super-heróis norte-americanos uma história havia chegado a esse nível de
grandiosidade.

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