Há um ponto que une o Gazy Andraus desenhista com o Gazy Andraus pesquisador: a abordagem filosófica e mental dada aos quadrinhos. É papo cabeça, como se diz na gíria. Mas muito pertinente. Tão pertinente que virou tese na USP (Universidade de São Paulo), defendida nesta sexta-feira.
O agora doutor Gazy Andraus mostrou que o ensino acadêmico principalmente o universitário, coloca as imagens num segundo plano, toma como base um modelo estritamente racional.
Isso traria mudanças no comportamento cerebral. Desenvolveria mais o lado esquerdo do cérebro (mais lógico e racional) e menos o hemisfério direito (voltado à criação).
Segundo o pesquisador, os quadrinhos seriam o meio ideal para trazer um equilíbrio maior à atividade cerebral no meio científico, como sintetiza a ilustração ao lado.
"É por isso que as histórias em quadrinhos são o carro-chefe da minha tese", diz Gazy. "Se eu defendo que o ensino caduco tem que ser substituído por outro que abranja todas as funções das lateralidades cerebrais, os quadrinhos são, no mínimo, os ideais. Em cada história em quadrinhos há em geral uma junção entre os desenhos (ativando o hemisfério direito) e os textos contidos nos balões e nos recordatórios (que atiam o esquerdo). Há uma riqueza nessa fusão." Leia mais no Blog dos Quadrinhos.
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