Como nem tudo são flores, logo veio a crise de 1929 que acabou com a alegria da classe média americana. Naqueles dias, muita gente dormia rica e acordava pobre — absolutamente miserável.
O clima era de desespero e desânimo e o lance agora não era mais rir futilmente da vida. As primeiras histórias em quadrinhos tinham sido todas cômicas (tanto que nos EUA, os quadrinhos são chamados de “comics”), mas já não havia muita razão para rir.
Todos queriam fugir para planetas distantes, cidades perdidas ou países exóticos... todos queriam aventura!
Uma das primeiras séries a captar esse clima de escapismo foi Buck Rogers, criação de Philiph Nowlan. Esse personagem foi publicado originalmente na revista pulp Amazing Stories, em agosto de 1928. O conto, Armagedon 2419 AD contava a história de um piloto (Rogers) preso em uma mina que desabara. Ele, graças a gases radioativos, permanece em estado de dormência, vindo a acordar 500 anos depois.
A América que ele vê é totalmente diferente da que conhecera. Agora o país está totalmente destroçado pelos invasores orientais e os seus habitantes perseguidos em sua própria terra, obrigados a se esconderem nas florestas.
A história fez tanto sucesso que o editor da revista, John Dille, sugeriu a Nowlan que a adaptasse para os quadrinhos. Para realizar essa tarefa foi contratado um desenhista, Richard (Dick) Calkins, que tinha um traço barroco e detalhista.
Na versão em quadrinhos foram necessárias algumas adaptações. O nome foi mudado para Buck Rogers para aproveitar o sucesso de Buck Jones, famoso cowboy do cinema.
A tira foi publicada pela primeira vez no jornal Courier Press, de 27 de janeiro de 1929 e fez enorme sucesso, abrindo caminho para muitos outros personagens de aventura e ficção-científica.
Para manter o clima pseudo-científico, a equipe de criação contava com consultores especialistas, inclusive um metereologista.
Entre as curiosidades da série está o fato dela ter antecipado o meio pelo qual os astronautas iriam se deslocar no espaço. Logo na terceira tira da história, a heroína Wilma mostra a Rogers uma mochila antigravitacional que lhe permitia flutuar no ar. Para direcionar o vôo, Buck utiliza o recuo da arma.
Quando, em 1984, os primeiros astronautas passearam soltos no espaço, o escritor Isaac Assimov se lembrou imediatamente de Buck Rogers: “ Recentemente dois astronautas flutuaram livremente no espaço, antes de seu ônibus espacial pousar na Flórida. Eles não ficaram ligados à espaçonave. Saíram dela e retornaram. Os mais velhos se lembrarão das histórias em quadrinhos de Buck Rogers, no anos 30 e 40. Tudo isso – o passeio espacial, a espaçonave movida a foguetes, a mochila nas costas – já tinha acontecido nos desenhos”.
A propósito, a forma como os astronautas conseguiram controlar seu deslocamento no espaço foi justamente através do recuo de uma pistola de ar. Como em Buck Rogers.
O clima era de desespero e desânimo e o lance agora não era mais rir futilmente da vida. As primeiras histórias em quadrinhos tinham sido todas cômicas (tanto que nos EUA, os quadrinhos são chamados de “comics”), mas já não havia muita razão para rir.
Todos queriam fugir para planetas distantes, cidades perdidas ou países exóticos... todos queriam aventura!
Uma das primeiras séries a captar esse clima de escapismo foi Buck Rogers, criação de Philiph Nowlan. Esse personagem foi publicado originalmente na revista pulp Amazing Stories, em agosto de 1928. O conto, Armagedon 2419 AD contava a história de um piloto (Rogers) preso em uma mina que desabara. Ele, graças a gases radioativos, permanece em estado de dormência, vindo a acordar 500 anos depois.
A América que ele vê é totalmente diferente da que conhecera. Agora o país está totalmente destroçado pelos invasores orientais e os seus habitantes perseguidos em sua própria terra, obrigados a se esconderem nas florestas.
A história fez tanto sucesso que o editor da revista, John Dille, sugeriu a Nowlan que a adaptasse para os quadrinhos. Para realizar essa tarefa foi contratado um desenhista, Richard (Dick) Calkins, que tinha um traço barroco e detalhista.
Na versão em quadrinhos foram necessárias algumas adaptações. O nome foi mudado para Buck Rogers para aproveitar o sucesso de Buck Jones, famoso cowboy do cinema.
A tira foi publicada pela primeira vez no jornal Courier Press, de 27 de janeiro de 1929 e fez enorme sucesso, abrindo caminho para muitos outros personagens de aventura e ficção-científica.
Para manter o clima pseudo-científico, a equipe de criação contava com consultores especialistas, inclusive um metereologista.
Entre as curiosidades da série está o fato dela ter antecipado o meio pelo qual os astronautas iriam se deslocar no espaço. Logo na terceira tira da história, a heroína Wilma mostra a Rogers uma mochila antigravitacional que lhe permitia flutuar no ar. Para direcionar o vôo, Buck utiliza o recuo da arma.
Quando, em 1984, os primeiros astronautas passearam soltos no espaço, o escritor Isaac Assimov se lembrou imediatamente de Buck Rogers: “ Recentemente dois astronautas flutuaram livremente no espaço, antes de seu ônibus espacial pousar na Flórida. Eles não ficaram ligados à espaçonave. Saíram dela e retornaram. Os mais velhos se lembrarão das histórias em quadrinhos de Buck Rogers, no anos 30 e 40. Tudo isso – o passeio espacial, a espaçonave movida a foguetes, a mochila nas costas – já tinha acontecido nos desenhos”.
A propósito, a forma como os astronautas conseguiram controlar seu deslocamento no espaço foi justamente através do recuo de uma pistola de ar. Como em Buck Rogers.
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