Há algum tempo publiquei aqui um post sobre a falta de preocupação ambiental dos jornalistas amapaenses. Dei o exemplo das muitas matérias cobrando melhorias nas áreas de ressaca, essenciais para diminuir o calor e evitar alagamentos na cidade, mas que já estão com 90% de suas áreas ocupadas.
Agora, boa parte da imprensa aplaude a decisão da prefeitura de construir passarelas de concreto nas áreas de ressaca. As passarelas, até então, eram de madeira, que dura pouco. Passarelas de concreto podem durar década, se bem feitas. Ou seja: durante pelo menos uma década não existe perspectiva de tirar esse pessoal das áreas de ressaca. Pior: a construção de passarelas de concreta legitima a moradia das pessoas nesses locais e estimula o aterramento clandestino. Numa cenário ainda pior, pode ser o primeiro passo para que o próprio poder público comece a aterrar essas áreas.
Preparem-se: em pouco tempo Macapá estará sendo cenário de alagamentos. O aumento de calor já é visível.
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