Na semana passada aconteceu em Macapá a 2a Feira do Livro do Amapá - FLAP. Antes já havia acontecido a Pré-FLAP, com a programação percorrendo diversos municípios. Eu tive a oportunidade de ir com a caravana Pré-FLAP para Cutias e foi uma experiência fantástica. Fui falar sobre a Turma da Tribo e foi gratificante ver o brilho nos olhos das crianças, muitas das quais praticamente não tinham contato com quadrinhos.
Durante a semana da feira, Macapá respirou literatura. Eram tantas programações que se tornou acompanhar tudo. E a Casa do Artesão ficou lotada de pessoas comprando e conversando sobre livros. A população aderiu impulsionada pela moeda literária Palavra, mas muita gente estava comprando também no dinheiro.
Dar livro é mais importante que dar comida. É como a história de dar o peixe e ensinar a pescar. Dar comida só faz com que a pessoa fique dependente, dar livros faz com que a pessoa se liberte. Quem lê se saiu melhor na escola, tira melhores notas, consegue melhores empregos. Quem lê se torna mais criativo, mais inventivo e mais inteligente. Nas empresas mais revolucionárias do mundo, como a Aple, os funcionários mais criativos são justamente os leitores de ficção científica e fantasia. Ler tem o poder até mesmo de afastar as pessoas do crime. Nos EUA as empresas que administram as prisões usam um programa que, ao ser informado da quantidade de crianças que costumam ler e as que não costumam, consegue prever quantas vagas serão necessárias nas cadeias.
Ler, ter contato com escritores são ações que mudam uma vida. E ter contato com escritores do Amapá dá aos leitores a ideia de que aqui também se produz cultura, quebrando com o preconceito generalizado de que "o que é bom vem lá de fora".
Claro que o evento pode melhorar (a climatização da Casa do Artesão seria uma boa, assim como a vinda de uma livraria grande), mas muito já feito. A semente já foi plantada. E que venham mais e mais feiras do livro.
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