Hitler chegou ao poder na Alemanha não como ditador, mas
como chefe de um governo de coalisão, e contando apenas com três ministros, de
um total de onze, mas manobrou para ganhar, aos poucos, poder total.
Seu primeiro passo para isso foi um decreto que suspendia
todas as garantias de liberdade individual sobre o pretexto de que o incêndio
do Parlamento alemão era um sinal de que estava em curso um golpe de estado
praticado pelos comunistas. Muitos historiadores acreditam que esse incêndio
foi provocado pelos próprios nazistas como pretexto para perseguir adversários
políticos.
As tropas da SA, incorporadas agora à polícia, usaram sua
imunidade legal para prender e espancar judeus e deputados comunistas. Foram
neutralizados assim todos aqueles que poderiam representar uma dificuldade para
a ascenção nazista.
Em 23 de março, Hitler levou para aprovação no congresso
o chamado Ato de Autorização, que dava ao novo chanceler poder de decretar leis
sem consultar o congresso. Com todos os deputados oposicionistas presos, a
medida foi facilmente aprovada.
Além disso, procurou estabelecer uma nova relação com as
forças armadas, garantido que elas ficariam neutras durante a sua escalada rumo
ao poder total. Em troca ele assegurou que faria tudo o possível para rearmar a
Alemanha.
Com a morte de Hindenburg, Hitler acumulou também o cargo
de presidente. Em 1934, para deixar claro seu controle absoluto sobre o
governo, sugeriu que lhe fosse conferido o título de Fuhrer (líder). A
inspiração era a Itália, onde o líder fascista Mussolini era chamado de Duce,
líder em italiano.
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