Em campos de extermínio, como os de Treblinka, os
prisioneiros iam direto para as câmeras de gás e duravam pouco mais de duas
horas. Em campos de concentração, como de Auschwitz, o processo podia durar
mais tempo.
Antes da mais nada os prisioneiros eram selecionados. Primeiro
eram escolhidos homens jovens e fortes. Depois mulheres sadias e sem filhos.
Quem não se encaixava nesse perfil, provavelmente morria no primeiro dia.
Velhos, doentes, feridos e crianças eram encaminhados diretamente para as
câmeras de gás. Quem reagia ou não obedecia imediatamente as ordens levava um
tiro. O cineasta Polanski conta a história de uma mulher que foi fuzilada só
por que fez uma pergunta.
Os que não iam para as câmeras de gás enfretavam uma dura
jornada de trabalho. Durante mais de 12 horas trabalhavam na manutenção do
campo, na recuperação de estradas ou em fábricas. Cada
prisioneiro recebia três refeições por dia, composta de pão, batata, café e
sopa de batata engrossada com aveia, mas a quantidade de comida recebida estava
muito abaixo do necessário para a sobrevivência de um adulto
Os prisioneiros dormiam em galpões sem banheiros. Durante
a noite, ficavam amontoados em camas sem colchões, às vezes cinco por cama.
Todo dia, eram contados de manhã e à noite, tendo de
ficar ao relento, mesmo sob a neve.
As câmeras de gás ficavam no subsolo. Eram hermeticamente
fechadas e só tinham uma abertura, por onde os soldados da SS, protegidos por
máscaras, jogavam o veneno.
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