Os brindes são uma estratégia promocional de grande
valor para o público-alvo. Bem escolhido, o brinde encanta e faz o consumidor
comprar mais. Afinal, a palavra “grátis” tem um grande apelo. Todo mundo gosta
de ganhar coisas, nem que seja uma lembrancinha.
O fascínio dos brindes não é algo racional, afinal
eles muitas vezes representam financeiramente uma parcela muito pequena do que
está sendo pago pelo produto. Uma concessionária de automóveis, por exemplo,
deu carrinhos de seus modelos clássicos para seus clientes e conseguiu aumentar
as vendas. Se formos comparar o preço dos carrinhos com o do carro, o valor
financeiro do brinde é mínimo, mas ainda assim o impacto sobre as vendas foi
grande.
Os brindes apresentam um fascínio emocional,
motivando ações que poderiam ser consideradas infantis, como de colecionar
coisas (por essa razão é muito comum os brindes serem colecionáveis, com uma
variedade grande de modelos).
Além do apelo ao consumidor, o brinde é um tipo de
promoção de vendas que agrega valor à marca. Isso porque os melhores brindes
são aqueles que exibem a marca da empresa para diversas pessoas. A Coca-Cola
foi uma das primeiras empresas a perceber isso. Dessa forma, ela sempre dava
como brindes coisas que as pessoas olhavam: calendários, espelhos, bandejas.
Não é à toa que a marca Coca-Cola é a mais valiosa do mundo.
Embora os brindes sejam uma ótima forma de agradar
o consumidor e, ao mesmo tempo, divulgar a marca da empresa, um brinde
mal-escolhido pode provocar estragos irreversíveis, arranhando, inclusive, o
posicionamento da empresa.
Ficou famoso um episódio do programa de TV O Aprendiz em que os grupos precisavam fazer uma
promoção de vendas para o iogurte Activia. Um dos grupos escolheu dar um chapéu
de cowboy e um ingresso para o touro mecânico. Um verdadeiro mico, já que o
público-alvo do Activia são mulheres acima de 25 anos, a maioria das quais não
se interessa por rodeios. Além disso, e se uma das consumidoras se machucasse
no touro mecânico? O dano para a marca seria monstruoso.
Outros exemplos: uma panificadora deu como presente
de final de ano um cinzeiro para seus clientes (vamos analisar: cigarro e pão
não combinam, certo?); um dentista deu cigarros para seus clientes
(incentivando-os a fumarem e, portanto, ficarem com os dentes amarelos).
Já exemplos positivos existem aos montes nas mais
variadas áreas de atuação. Uma lavadora de carros pode, por exemplo, dar um
cheirinho com a logo da empresa. Toda vez que o cliente sentir o cheiro agradável
lembrará da empresa. Um pediatra dava para suas pacientes um livrinho com
informações úteis para mães de primeira viagem. Uma faculdade dava agendas para
os alunos que pagavam a mensalidade em dia.
A Coca-Cola talvez tenha os melhores exemplos de
brindes que viraram febre, como o ioiô ou as garrafinhas. Outro produto que tem
se destacado pelos brindes é o Nescau Cereal, que se tornou o mais vendido da
atualidade, transformando-se numa verdadeira febre entre jovens e crianças. Na
época do lançamento do filme Speed Racer, em
2008, as embalagens traziam miniaturas dos carrinhos dos filmes. Muitos pais
tiveram que comprar várias caixas para completar a coleção.
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