Livro conta uma parte importante da história dos quadrinhos no Brasil. |
Alexandre Nagado
Para os autores brasileiros de histórias em quadrinhos, o mercado de nosso país sempre foi complicado, ainda mais se levarmos em conta os fatores remuneração e subsistência. Com autores independentes, sem vínculo com estúdios de produção, a situação financeira sempre foi ainda mais delicada. Mas houve um período na História relativamente recente em que houve um lampejo de esperança para criadores mais autorais viverem exclusivamente de seus quadrinhos.
Na época do regime militar, entre o final dos anos 1970 e início da década de 80, uma editora curitibana – portanto, fora do eixo Rio-SP de produção cultural – conquistou espaço nas bancas e ganhou leitores fieis. Com gibis adultos e um erotismo que ia ao encontro dos anseios daquela geração, diversos autores fizeram da Grafipar um espaço forte de publicação de HQs nacionais durante alguns anos.
Sob a supervisão de Cláudio Seto, pioneiro do mangá no Brasil, a Grafipar não só produziu diversas revistas como também atraiu para Curitiba alguns autores como Franco de Rosa,Gustavo Machado e Watson Portela, que formaram uma autêntica “vila de quadrinhistas”, um fenômeno único no mercado de HQs nacional.
Esse rico período foi tema de pesquisa para o roteirista Gian Danton (pseudônimo do professor universitário Ivan Carlo), que coloca a história da Grafipar no contexto histórico em que vivia o Brasil daquela época. Leia mais
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