Para Karl Popper, a ciência é caracterizada pelo
falseamento. Ou seja, uma teoria só é científica se for possível provar que ela
está errada.
Assim,
seria não-científico afirmar que vai chover amanhã. É certo que amanhã vai
chover em algum lugar do planeta, em algum horário.
É
científico dizer que vai chover amanhã às 17 horas em Macapá, pois essa
afirmação é passível de falseamento.
A ciência não aceita formulações vagas, que não podem ser falseadas,
características dos videntes e cartomantes: “Você vai viver um grande amor”;
“Um grande reino vai cair”. É impossível provar que essas afirmações são
falsas. Em algum momento a pessoa vai viver um grande amor e em uma guerra,
inevitavelmente um reino irá ser derrotado.
Para Popper, O cientista
não deveria procurar fatos que comprovassem sua tese, mas fatos que o
falseassem, que provassem que ela é falsa.
Imaginemos que estejamos
estudando as galinhas. Pesquiso uma e descubro que ela bota ovos. Encontro
outra galinha e observo o mesmo comportamento. Por indução, chego à conclusão
de que todas as galinhas botam ovos. Para Popper isso não é científico, pois se
eu encontrar uma única galinha que não bote ovos, minha tese cai por terra.
Para Popper, a indução é
falha e a única maneira de sermos científicos é usarmos a dedução.
Assim, eu crio uma lei geral: todas as galinhas botam ovos.
Então pego uma galinha ao acaso e verifico se ela bota ovos. Se isso ocorrer, a
tese está correta, por ora. Se um dia aparecer uma galinha que não bote ovos, a
tese será falseada.
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