O Guia dos Mochileiros das galáxias surgiu
inicialmente como um programa de rádio idealizado por Douglas Adams e
transmitido pela BBC em 1978. Pouco tempo depois se tornou uma coleção de cinco
livros, publicados entre 1979 e 1992.
A história trata das andanças estelares de um
herói atrapalhado e seu amigo extraterrestre após a destruição da terra para a
construção de uma via espacial (os responsáveis, os Vogons, seres tão
burocráticos que não se importam com o fato da terra ser habitada).
O título refere-se a uma espécie de
enciclopédia multi-uso que traz todas as informações necessárias para um
mochileiro interestelar. A ideia surgiu ao escritor em sonho quando ele dormia
bêbado em um campo na Áustria e é uma referência a um guia de viagem pela Europa
famosa na época.
Pela descrição do autor, o livro é uma espécie
de tablet no qual é possível acessar as mais diversas informações relevantes,
como a importância da toalha – Sim, a toalha é um dos itens mais importantes na
mochila de qualquer aventureiro. Com ela você pode usar a toalha como agasalho
quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas
reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes
vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham
avermelhadas no mundo desértico de Kabrafoon; pode usá-la como vela para descer
numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e
utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça
para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta
Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não
pode vê-lo, ele também não pode ver você - estúpido feito uma anta, mas muito,
muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir
socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver
razoavelmente limpa.
A importância da toalha na trama é tal que o
dia do orgulho nerd é chamado de dia da toalha justamente em homenagem à obra
de Adams.
E, antes que eu me esqueça, sempre vale seguir
o grande conselho do Guia, impresso em letras garrafais na capa do livro: NÃO
ENTRE EM PÂNICO!
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