É sintomático que todas
as sagas cósmicas escritas por Jim Starlin tenham o nome Infinito. De fato,
depois do sucesso da primeira saga de Warlock e Thanos, parecia que o
aproveitamento desses personagens seria infinito. A história acabava e
retornava pouco depois. “Thanos, final infinito” se propõe a ser o capítulo
final dessa saga, um título, aliás, paradoxal. Se é final, não pode ser
infinito, mas enfim...
A história é continuação
de duas sagas anterires, Thanos, revelação infinta e Thanos, relatividade
infinita.
Na história deste último
volume, O aniquilador, senhor da zona negativa, absorveu os poderes de Warlock
e o utilizou para promover um genocídio estelar. Sobraram algumas poucos heróis
e super-vilões, escondidos na Lua terrestre. Thanos, trazido de volta à vida
por sua consorte, a Morte, pode ser a única esperança dos heróis.
Estamos falando de uma
história de Jim Starlin e ele é simplemente o melhor no que faz, a começar pela
decisão acertada de focar a narrativa em Thanos, mostrando o ponto de um vista
de um deus maligno. Esse enfoque faz com que história ganhe peso psicológico e
filosófico. Mas o maior destaque é para a corajosa sequência de epifania de
Warlock. Starlin é um dos poucos caras da indústria corajosos o suficiente para
parar a história do meio a ação vertiginosa para introduzir 16 páginas de pura
filosofia (ou o que seria equivalente de filosofia de uma entidade cósmica).
Vale lembrar que,
embora o filme dos vingadores tenha mudado muita coisa, os roteiristas
mantiveram essa caraceterística starliana na sequência em que Thanos encontra
Gamora criança e ela lhe pergunta se valeu a pena tudo que ele fez.
Os desenhos de Ron
Lin, que eram bem ruins na época de Desafio Infinito melhoraram muito e lembram
muito os desenhos do próprio Starlin.
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