quinta-feira, julho 16, 2020

Thanos, final infinito


É sintomático que todas as sagas cósmicas escritas por Jim Starlin tenham o nome Infinito. De fato, depois do sucesso da primeira saga de Warlock e Thanos, parecia que o aproveitamento desses personagens seria infinito. A história acabava e retornava pouco depois. “Thanos, final infinito” se propõe a ser o capítulo final dessa saga, um título, aliás, paradoxal. Se é final, não pode ser infinito, mas enfim...
A história é continuação de duas sagas anterires, Thanos, revelação infinta e Thanos, relatividade infinita.
Na história deste último volume, O aniquilador, senhor da zona negativa, absorveu os poderes de Warlock e o utilizou para promover um genocídio estelar. Sobraram algumas poucos heróis e super-vilões, escondidos na Lua terrestre. Thanos, trazido de volta à vida por sua consorte, a Morte, pode ser a única esperança dos heróis.
Estamos falando de uma história de Jim Starlin e ele é simplemente o melhor no que faz, a começar pela decisão acertada de focar a narrativa em Thanos, mostrando o ponto de um vista de um deus maligno. Esse enfoque faz com que história ganhe peso psicológico e filosófico. Mas o maior destaque é para a corajosa sequência de epifania de Warlock. Starlin é um dos poucos caras da indústria corajosos o suficiente para parar a história do meio a ação vertiginosa para introduzir 16 páginas de pura filosofia (ou o que seria equivalente de filosofia de uma entidade cósmica).
Vale lembrar que, embora o filme dos vingadores tenha mudado muita coisa, os roteiristas mantiveram essa caraceterística starliana na sequência em que Thanos encontra Gamora criança e ela lhe pergunta se valeu a pena tudo que ele fez.
Os desenhos de Ron Lin, que eram bem ruins na época de Desafio Infinito melhoraram muito e lembram muito os desenhos do próprio Starlin.

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