Campo do medo é uma produção da Netflix lançada
em 2019 para aproveitar o dia das bruxas. Dirigido por Vincenzo Natali, é
baseado em uma história de Stephen King e seu filho, Joe Hill.
Na história, dois irmãos estão na estrada rumo
a San Diego. Becky está grávida e pretende doar o filho para um casal nessa
cidade e é acompanhada por seu irmão, Cal.
No meio
do caminho ela necessita parar para vomitar e ouve uma criança implorando por
socorro num matagal. Quando entram, descobrem que é impossível sair dali. O
matagal é uma espécie de labirinto em que as distâncias mudam de uma hora para
outra. Numa das melhores sequências, os irmãos, que se perderam um do outro,
resolvem pular para se encontrarem. No primeiro pulo, estão a poucos metros um
do outro. No segundo pulo, estão a dezenas de metros. Para piorar, algo parece
estar seguindo os dois.
É um plot interessante, que permitiria o
desenvolvimento de situações de horror e suspense. A partir de certo ponto, no
entanto, há loopings temporais que, embora criem situações interessantes,
deixam a história confusa. Além disso, o filme explica demais algumas coisas e
deixa de explicar outras.
Eu não li a obra original de King e Hill, mas
conhecendo-os, imagino que deveria haver um profundo desenvolvimento de
personagens (King tem uma história maravilhosa sobre uma garotinha perdida numa
floresta que segue moldes semelhantes). Aqui, a ênfase na ação deixou essa
caracterização para um o outro diálogo.
Ainda assim, O campo do medo é um filme
divertido, que vale a pena principalmente por conta da sua primeira parte.
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