quinta-feira, dezembro 31, 2020

Red Sonja: o feiticeiro, a guerreira e o cosplay

 


Até 1974, Frank Thorne era um pouco conhecido desenhista de quadrinhos. Ele tinha feito algumas tiras, quadrinhos românticos e Korak, o filho de Tarzan, para a DC. Foi quando Roy Thomas o convidou para desenhar a heroina Sonja. A personagem, criada por Robert E. Howard, estava ganhando uma revista na esperança de conseguir o mesmo sucesso de Conan, o bárbaro.
Thorne não só adorou a revista, transformando-a em uma das mais vendidas da Marvel, como encontrou o estilo que o marcaria pelo resto da carreira, inclusive com material autoral, a exemplo de Ghita of Alizarr (uma guerreira ao estilo Sonja, mas com sexualidade e violência muito mais aflorada).
Thorne rodeado pelas várias Sonjas. 

Na verdade, o desenhista se envolveu tanto com a personagem que começou a participar de convenções vestido de mago, circundado por cinco garotas vestidas de Sonja, entre elas Wendy Pini, que viria a fazer a série de fantasia Elfquest.
Wendy Pini como Sonja

Em uma espécie de piada interna, Frank homenageou a si mesmo e às garotas em uma história publicada na revista The Savage Sword of Conan 29, (e republicada aqui na Espada Selvagem de Conan 62 da editora Abril).

Na HQ, um mago tenta conjurar a guerreira e acaba trazendo cinco delas. Incapaz de decidir quem é a verdadeira, ele testa uma a uma. A história vale tanto pela auto-referência quanto pela engenhosidade do roteiro... e, claro, vale mais ainda pelos belíssimos desenhos de Thorne, um especialista em desenhar mulheres.



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