Ali pelo início
dos anos 90 eu fiz teatro. A principal motivação é que eu era extremamente
tímido, um defeito terrível para quem queria ser professor e jornalista.
Bem, todo mundo
sabe a grande quantidade de homossexuais no teatro e no grupo que participei
não era diferente. Mas sempre me respeitaram e eu sempre respeitei eles, de
modo que a convivência sempre foi pacífica.
Mas no grupo
havia dois rapazes extremamente homofóbicos, do tipo que não perde uma única
oportunidade de fazer piadas com gays. Isso era tão exacerbado que começou a
chamar atenção.
Certa vez o
grupo foi se apresentar num local que tinha praia e, claro, foram aproveitar e
tomar um banho de mar. Os dois homofóbicos não quiseram ir para não se
misturarem com os “gays e lésbicas” do grupo.
Eu estava em
prova na faculdade e não pude ir. Mas depois soube do que aconteceu.
Quando o grupo
voltou da praia encontrou os dois rapazes... bem... como posso dizer? Engatados
foi a palavra que usaram. Os dois estavam engatados. Ficaram tão envergonhados
que depois simplesmente sumiram.
A partir daí,
toda vez que eu vejo alguém homofóbico, imediatamente penso: “Esse aí é”.
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