Na Marvel era comum vilões se transformarem em heróis. Se os leitores simpatizassem com eles e expressassem isso com cartas, Stan Lee prontamente fazia com que eles mudassem de lado. Isso aconteceu com a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro. Mas heróis que se transformavam em vilões era algo muito raro. Na década de 1970 Jim Starlin fez com que Warlock enfrentasse uma versão maligna de si mesmo do futuro. Mas não era mostrado o processo em que o herói se transformava em vilão.
Talvez por isso, por
detalhar todo esse processo, a transformação da Fênix em vilã foi o um evento
que marcou muito os fãs.
O momento em que a Rainha Negra aparece pela primeira vez é um dos mais marcantes da saga.
A personagem vinha sendo
tentada por supostas recordações de uma antepassada escravista nas edições
anteriores. Mas foi em The Uncanny X-men 132 que a personagem de fato foi
mostrada como vilã, a Rainha Negra. Foi esse número que sacudiu o universo Marvel
e transformou definitivamente os mutantes nos personagens mais populares da
casa.
A capa da edição já causava
um grande impacto, ao mostrar os X-men derrotados pelo Clube do Inferno em um
desenho no melhor estilo John Byrne.
A edição também marca o protagonismo de Wolverine.
Na história, os X-men, que
haviam sido atacados pelo Clube nas edições anteriores, resolvem invadir uma
festa de forma anônima. Mas são reconhecidos e atacados pelos vilões. Mesmo assim,
eles venceriam facilmente não fosse por um fator: em determinado momento Jean
Grey, influenciada pelo Mestre Mental, une-se ao Clube, tornando-se a Rainha
Negra, e ajuda a derrotar os amigos.
O momento em que ela, usando
uma roupa fetichista (que destoa completamente da personalidade meiga de Jean
Grey) derruba o amado Cíclope é um dos mais impressionante dos quadrinhos de
heróis de todos os tempos.
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