“O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente”.
Essa frase, dita pelo Professor Xavier em The Uncanny X-men 135 representa
muito bem a essência da saga da Fênix Negra.
No número anterior, Jean se transformara enquanto o grupo
voltava para casa após enfrentar o Clube do Inferno. Sua transformação destruíra
o jato dos mutantes.
E é exatamente nesse ponto que encontramos os personagens no
início do número 135.
A sequência seguinte mostra os mutantes enfrentando a Fênix.
“Não espere clemência da Fênix Negra, meu amor. Vocês não terão nenhuma!”. E,
de fato, a personagem revela poderes avassaladores e inimagináveis, derrotando
os amigos como se estivesse numa brincadeira. Wolverine e Colossus são
soterrados abaixo de uma árvore de ouro. Ororo é golpeada psiquicamente e fica inconsciente.
“Imagens... me atingindo pelo elo psíquico que tenho com Jean... chamas negras
consumindo sua alma! Alusões místicas incompreensíveis.... sensação de perda...
afogamento... solidão”, pensa Cíclope.
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Ao se transformar no seu lado sombrio, Fênix destrói a nave. |
O psicólogo Carl Gustav Jung dizia que todos nós temos um
lado sombra, para onde vai tudo aquilo com o qual não conseguimos lidar. O que
Claremont e Byrne mostram é Jean Grey sendo consumida pelo seu lado sombra. A história
lança uma questão interessante: se a inocente Garota Marvel tinha dentro de si
uma vilã tão terrível, o mesmo não ocorre com cada um de nós?
Se o roteiro eleva a história muito além do nível dos
quadrinhos de super-heróis, Byrne e Terry Austin mostram a transformação de
Jean de forma magistral. Efeitos de sombras, áuras, hachuras... tudo é usado
para demonstrar o lado sombrio de Jean transformada em vilã.
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A Fênix Negra destroi um sistema solar. |
É nessa história que a Fênix faz o que decretaria sua morte.
Ela vai ao espaço e consome uma estrela, matando bilhões de pessoas no
processo. Quando viu essa parte da história, Jim Shooter, editor-chefe da
Marvel, decidiu que a personagem tinha que morrer.
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