Estamos acostumados a pensar no Conan de John Buscema arte-finalizado pelos artistas filipinos, que acrescentavam detalhes e davam um ar mais selvagem ao traço do veterano da Marvel.
Assim, é curioso ver Buscema numa história de espada e magia arte-finalizado por Klaus Janson, um cara que ficou conhecido por entintar as histórias do Demolidor desenhadas por Frank Miller.
O resultado dessa mistura insólita podemos observar no número 6 da revista Kull the conqueror, publicada em 1984.
A splah page inicial é um bom exemplo de como a dupla funcionou. |
Na história, intitulada Lua de Duendes, com roteiro de Alan Zelenetz, Brule acompanha uma garota nobre pelos campos, mas ela se demora formando um buquê de flores como presente para a irmã. E demora tanto que anoitece. Acontece que aquela é a noite do ano em que os duendes surgem para tentar as pessoas com seu maior desejo. Uma vez aceita a oferta, a pessoa se torna escrava dos duendes – uma bela metáfora de como podemos nos tornar escravos dos nossos próprios desejos.
Os duedes oferecem o maior desejo da pessoa. |
O roteiro de Zelenetz funciona bem, mantendo o suspense e o clima de maravilhamento necessário para uma história de magia – as sequências com os duendes gritando suas ofertas são as melhores da HQ.
Já quanto ao desenho, embora Janson simplifique o traço de Buscema, a história funciona, ganhando nas expressões faciais o que perde em outros aspectos. A primeira imagem, com a moça entretida com as flores enquanto Brule, ao fundo, a repreende, é um exemplo de como essa pareceria funcionou.
Uma bela splash page da história. |
No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Conan, o bárbaro 6.
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