quinta-feira, abril 25, 2024

Surfista Prateado – amargo regresso

 


Na década de 1980, Stan Lee já estava aposentado dos quadrinhos. Mas voltava de tempos em tempos para escrever uma história de seu personagem predileto. E qual era seu personagem predileto? O Surfista Prateado.
Em 1982 eles e John Byrne (que a esta altura já era uma estrela de quadrinhos graças à sua passagem pelos X-men) se uniram para produzir uma revista única do herói, que acabava funcionando como canto do cisne para o personagem e fechava algumas pontas soltas.
O Surfista consegue vencer a barreira de Galactus graças a Reed Richards... 

Na HQ, O Surfista, graças a uma invenção de Reed Richards, consegue finalmente vencer a barreira de Galactus e voltar para seu planeta Zenn-la. Mas há uma ressalva: se voltar para a Terra, ele ficará enternamente preso aqui.
Chegando lá ele descobre que seu planeta está arruinado graças à vingança de Galactus por seu arauto ter se voltado contra ele na Terra.
E Shalla Ball, sua amada, não está lá. Tudo leva a crer que uma garota que ele encontrou em uma das histórias da série clássica na década de 1960, é na verdade ela, hipnotizada por Mefisto.
...Mas encontra seu planeta devastado.

É uma história deliciosa em todos os sentidos, num perfeito equilíbrio dos elementos que fizeram do Surfista um clássico. Há o herói amargurado e filosófico, as viradas no roteiro, surpreendentes, mas absolutamente plausíveis. E o texto de Lee parece ter melhorado com o tempo, tornando-se mais poético. Os desenhos de Byrne (que é co-autor da história), funcionam bem, embora a arte-final de Tom Palmer nem sempre consiga captar a sutileza que a histórira exija.
A capa original, que não foi usada pela Abril.

O grande momento da história é o final, triste, mas poético. Seria o final perfeito caso essa fosse a última história do personagem.
Aqui essa história foi publicada na revista Heróis da TV 70 e foi um dos números que mais marcaram os fãs, em especial graças a essa HQ. Em tempo: a Abril descartou a capa original e usou uma imagem interna da história como capa. Ao meu ver um a decisão acertada.

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