quinta-feira, agosto 01, 2024

A IBM e o nazismo

 


Segundo o livro IBM e o holocausto, de Edwin Black , a empresa teve papel fundamental na descoberta, catalogação e eliminação de judeus.

Black, um americanos filho de judeus que sobreviveram à perseguição nazista, mostra que a IBM teve lucros recordes com esse contrato.

A identificação dos judeus era elemento essencial na sua segregação e confisco de bens, isolamento em guetos, deportação, trabalho escravo e, finalmente, eliminação. Esse era um desafio tão grande que só poderia ser solucionado por um computador.

Na época não existia computador, mas existia a tecnologia Hollerith, de cartões perfurados. Os historiadores sempre se espantaram com a facilidade e rapidez com que os nazistas conseguiam identificar e perseguir os judeus. A resposta pode estar na IBM, que providenciou a automatização da perseguição.

Além de identificar os judeus, os cartões da IBM permitiam o gerenciamento das ferrovias e a organização do trabalho escravo nos campos de concentração.

Um exemplo do usos cartões da IBM era o campo de Bergen-Belsen. Cada prisioneiro era identificado por um cartão. A terceira coluna de furos identificava a categoria de prisioneiros. O furo de número 3 significava homossexual, o 8 judeu, o 12 cigano. A coluna 34 identificava a razão do envio para o campo. 2 significava que continuava trabalhando, o 6 era o tratamento especial, eufenismo para extermínio.

O sistema de cartões usados pelos nazistas representavam metade do lucro mundial da empresa, que contratava milhões de recenseadores.

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