Se há algo que incomoda regimes totalitários é o erotismo. Nos países comunistas, o erotismo era visto como estratégia do capitalismo decadente para desestruturar o regime. Na mesma época, na ditadura militar brasileira, o erotismo era visto como uma estratégia do comunismo internacional para acabar com a família tradicional.
Um exemplo bizarro dessa perseguição aconteceu com a personagem Maria Erótica, do mestre Cláudio Seto. A polícia do regime militar invadiu a editora que a publicava para prender o autor. Como ele não estava (Seto na época morava na cidade de Caiçara, interior de São Paulo), levaram os originais e prenderam numa cela.
Maria, coitada, foi parar atrás das grades porque sua sexualidade incomodava o regime.
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