A volta do Capitão América na década de 1960 foi a oportunidade ideal para Stan Lee e Jack Kirby contarem histórias repletas de grandiosidade e ação desenfreada.
Exemplo disso é a saga do Cubo Cósmico, publicada em Tales of Suspense 80 e 81.
A história começa com uma splash page grandiosa, um close do Capitão América, espantando com uma explosão nos céus de Nova York. Vamos ser sinceros: só Jack Kirby conseguiria fazer com que um close se tornasse grandioso.
A história começa com um close grandioso. |
Como o Capitão América é o Capitão América, ele pega um foguete da Shield para alcançar o avião, pula sobre ele, entra na cabine e aciona o assento injetor.
Kirby usa planos apertados para criar suspense e tensão. |
Interessante aí como Kirby consegue encher a sequência de suspense e tensão ao fazer as imagens apertadas nos quadros, como se o leitor tivesse vendo as ação de dentro da pequena cabine, algo que contrasta totalmente com os planos abertos e monumentais repletos de splahs a partir do momento em que o Caveira se apodera do artefato e se torna extremamente poderoso.
Aí o leitor se pergunta: como o capitão américa, um homem forte e bem treinado, mas sem grandes podereses poderia vencer a maior ameaça que o mundo já conheceu? Só para ter uma ideia, o cubo cósmico é tão poderoso que depois vai se tornar uma das joias recolhidas por Thanos para sua manopla.
Como o Capitão América poderá derrotar alguém com poder absoluto? |
Mas o herói não desiste e derrota o vilão usando para isso a própria astúcia e coragem: “Não posso entrar em pânico! Não me renderei ao desespero! Não importa a dificuldade... lutarei como vivi... sem nunca perder a espença!”.
O Capitão América que era um herói de verdade.
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