Na década de 1960, Conan se transformou numa febre. A adaptação da Marvel da obra de Robert E. Howard não só vendia muito, como gerou outras séries igualmente populares, como Sonja e Kull.
Enquanto isso, a DC comia poeira. A única série da distinta concorrente no estilo espada e magia que chegou a fazer sucesso foi o personagem Guerreiro (Warlord), de Mike Grell, publicado pela primeira vez em 1976.
A primeira história mostrava um aviador norte-americano, Travis Morgan, que, ao sobrevoar o polo norte e de repente se vê numa terra totalmente ensolarada e desconhecida, Skartaris.
Já na sua chegada ele se depara com uma mulher sendo atacada por um dinossauro que será seu interesse romântico durante toda a saga. Já nessa primeira história eles conhecem Deimos, o mago da cidade de Thera que com o tempo se tornará um dos grandes vilões da série. Aparentemente essa terra, na qual o sol jamais se punha, se encontrava no centro oco da terra e era aquecido por uma bola de gases (posteriormente o autor decidiu que o personagem tinha, na verdade, ido para outra dimensão).
Com esse enredo, Grell fazia uma bela salada: misturava espada e magia com ficção científica, teorias da conspiração e... dinossauros! Por incrível que pareça, essa mistureba funcionou, fazendo com que o título chegasse a ser o mais vendido da DC por um período e sendo publicado por mais de uma década, perfazendo 133 edições, fora seis edições anuais.
Grell tinha o péssimo defeito de abusar do deus ex machina nas primeiras edições. Quando o personagem estava para ser morto, aparecia algo que o salvava, mas com o tempo isso foi reduzido. Além disso, Grell manejava bem a narrativa gráfica e foi melhorando cada vez mais seu desenho, tornando as histórias do personagem visualmente empolgantes. As páginas duplas da série, com uma imagem de ação espetacular, se tornaram célebres e destacavam a revista de outras publicações.
No Brasil, O Guerreiro foi publicado pela editora Ebal em revista própria e pela editora Abril na Heróis em Ação e depois na Superamigos.
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