Ele manteve três reféns dentro de uma farmácia no sertão de Sergipe.Uma criança e uma adolescente foram mortas a tiros. Leia mais
Comentário: e ainda tem gente que é contra a redução da maioridade penal...
segunda-feira, abril 30, 2007
Psicopatas: sob controle
A necessidade de controle é uma das características básicas de psicopatas. Todo psicopata é obcecado pela idéia de controlar outras pessoas.
Jeffrey Dahmer, por exemplo, injetava ácido no cérebro de suas vítimas na tentativa de transformá-las em zumbis escravos sexuais.
A maioria dos psicopatas mantém a vítima presa por longos períodos antes de matá-la. Nesse período, a vítima é humilhada e degradada para mostrar quem está no comando. O ritual que os psicopatas costumam fazer suas vítimas seguirem é uma forma de firmar esse controle.
Recentemente foi descoberto na Áustria o caso de um psicopata que seqüestrou uma menina e a manteve prisioneira em seu porão durante oito anos. Durante oito anos ele se sentiu plenamente no controle da situação, dominando completamente a pobre menina.
Alguns psicopatas só sentem que têm controle sobre a vítima depois que estão mortas, então a matam e depois começam seu ritual.
Percebe-se a procura de controle por parte do psicopata na escolha do local, do roteiro a que ele submete as vítimas, das armas que ele traz consigo e do tipo de mutilação.
Dayton Leroy Rogers atacou uma menina de 15 anos com uma faca. Foi preso e colocado num programa de reabilitação. Tempos depois, começou a matar prostitutas. Ele as levava a locais remotos da floresta. Então amarrava as vítimas e iniciava um ritual de humilhação detalhado e metódico.Havia falas de texto que elas deveriam declamar. Ele retalhava seus pés e seios e se masturbava sobre eles. Essa era sua forma de mostrar que estava no controle.
O gigante Big Ed costumava andar com a cabeça de suas vítimas no porta-malas de seu carro, mesmo quando ia se encontrar com policias ou com o psicólogo da custódia, como forma de mostrar para si mesmo que estava no controle.
Jeffrey Dahmer, por exemplo, injetava ácido no cérebro de suas vítimas na tentativa de transformá-las em zumbis escravos sexuais.
A maioria dos psicopatas mantém a vítima presa por longos períodos antes de matá-la. Nesse período, a vítima é humilhada e degradada para mostrar quem está no comando. O ritual que os psicopatas costumam fazer suas vítimas seguirem é uma forma de firmar esse controle.
Recentemente foi descoberto na Áustria o caso de um psicopata que seqüestrou uma menina e a manteve prisioneira em seu porão durante oito anos. Durante oito anos ele se sentiu plenamente no controle da situação, dominando completamente a pobre menina.
Alguns psicopatas só sentem que têm controle sobre a vítima depois que estão mortas, então a matam e depois começam seu ritual.
Percebe-se a procura de controle por parte do psicopata na escolha do local, do roteiro a que ele submete as vítimas, das armas que ele traz consigo e do tipo de mutilação.
Dayton Leroy Rogers atacou uma menina de 15 anos com uma faca. Foi preso e colocado num programa de reabilitação. Tempos depois, começou a matar prostitutas. Ele as levava a locais remotos da floresta. Então amarrava as vítimas e iniciava um ritual de humilhação detalhado e metódico.Havia falas de texto que elas deveriam declamar. Ele retalhava seus pés e seios e se masturbava sobre eles. Essa era sua forma de mostrar que estava no controle.
O gigante Big Ed costumava andar com a cabeça de suas vítimas no porta-malas de seu carro, mesmo quando ia se encontrar com policias ou com o psicólogo da custódia, como forma de mostrar para si mesmo que estava no controle.
domingo, abril 29, 2007
O amigo José Carlos Neves, que costuma me conseguir seriados antigos e filmes raros, pede para avisar que seu site Alan Moore, o Senhor do Caos, foi atualizado. A lista de novidades é enorme, mas coloco aqui os itens principais:
ENTREVISTAS:
189 - WELLINGTON SRBEK - Quadrinista e Pesquisador
188 - PAOLO ELEUTERI SERPIERI - Famoso Quadrinista Italiano (e sua sensual Druuna...)
187 - JORGE BALEJ -Físico Argentino
186 - DANIEL MAIA - Desenhador de BD Português (fã e leitor de FC)
185- http://www.alanmooresenhordocaos.hpg.ig.com.br/entrevistas185.htm - Carlos Alberto Machado - Escritor, Ufólogo e “caçador de Chupacabras”
184- OFELIANO DE ALMEIDA - Veterano e Importante Quadrinista
183 -SEABRA - Veterano Quadrinista Grafipar
182 - RYOKI INOUE - O mais prolífico escritor do mundo (Guinness)/ - e Brasileiro;
181 - CARLOS FERREIRA - Quadrinista ("CAOS
180 - ROBERTO TIETZMANN - Professor, Cineasta, Publicitário e Crítico
179 - MAURÍCIO VENEZA - Quadrinista e Escritor
178- MICHÈLLE DOMITT - Fanzineira (VOYEUR) e Crítica de HQ
-177 - ALAN MOORE - por Alan David Doane - traduzido para o Português por David Soares (Portugal) – Sensacional e recente Entrevista, com fotos raras do “álbum de família” do Escriba de Northampton!!!!!
-176- GERD RUPRECHT - Alemão fã de Alan Moore – imagens fantásticas!!!
-175 - EDUARDO NASI - Jornalista, Crítico, blogueiro
-174 - ROGÉRIO DE CAMPOS - Editor (Conrad), Crítico, Autor...
-173 - ANDRÉ LEMOS - Pesquisador da Cibercultura
-172 - JORGE LUIZ CALIFE - O escritor brasileiro que "influenciou" Arthur Clarke " a continuar seu clássico “2001”, numa das + extensas, intensas e sinceras que já fiz!
ARTIGOS
111 - O LIVRO DA CÓPULA - COSMOGONIA DA MAGIA DE MOORE - Eduardo Nasi – sensacional tradução do poema-mágico do Arcano de Northampton!!
112b - BILL SIENKIEWICZ E O “CASO BIG NUMBERS”: A VERDADE FINAL (?) Em português
113 - O DIREITO AUTORAL NA INTERNET - Ofeliano de Almeida
110- ANNOTATIONS TO "THIS IS INFORMATION" – Anotações sobre a sensível homenagem de Alan Moore e Melinda Gebbie aos inocentes que sucumbiram no 11 de Setembro - por Ng Kiat Han
Na nova Coluna NOTÍCIAS (Blog dentro do site)
http://www.alanmooresenhordocaos.hpg.ig.com.br/noticias9.htm
ENTREVISTAS:
189 - WELLINGTON SRBEK - Quadrinista e Pesquisador
188 - PAOLO ELEUTERI SERPIERI - Famoso Quadrinista Italiano (e sua sensual Druuna...)
187 - JORGE BALEJ -Físico Argentino
186 - DANIEL MAIA - Desenhador de BD Português (fã e leitor de FC)
185- http://www.alanmooresenhordocaos.hpg.ig.com.br/entrevistas185.htm - Carlos Alberto Machado - Escritor, Ufólogo e “caçador de Chupacabras”
184- OFELIANO DE ALMEIDA - Veterano e Importante Quadrinista
183 -SEABRA - Veterano Quadrinista Grafipar
182 - RYOKI INOUE - O mais prolífico escritor do mundo (Guinness)/ - e Brasileiro;
181 - CARLOS FERREIRA - Quadrinista ("CAOS
180 - ROBERTO TIETZMANN - Professor, Cineasta, Publicitário e Crítico
179 - MAURÍCIO VENEZA - Quadrinista e Escritor
178- MICHÈLLE DOMITT - Fanzineira (VOYEUR) e Crítica de HQ
-177 - ALAN MOORE - por Alan David Doane - traduzido para o Português por David Soares (Portugal) – Sensacional e recente Entrevista, com fotos raras do “álbum de família” do Escriba de Northampton!!!!!
-176- GERD RUPRECHT - Alemão fã de Alan Moore – imagens fantásticas!!!
-175 - EDUARDO NASI - Jornalista, Crítico, blogueiro
-174 - ROGÉRIO DE CAMPOS - Editor (Conrad), Crítico, Autor...
-173 - ANDRÉ LEMOS - Pesquisador da Cibercultura
-172 - JORGE LUIZ CALIFE - O escritor brasileiro que "influenciou" Arthur Clarke " a continuar seu clássico “2001”, numa das + extensas, intensas e sinceras que já fiz!
ARTIGOS
111 - O LIVRO DA CÓPULA - COSMOGONIA DA MAGIA DE MOORE - Eduardo Nasi – sensacional tradução do poema-mágico do Arcano de Northampton!!
112b - BILL SIENKIEWICZ E O “CASO BIG NUMBERS”: A VERDADE FINAL (?) Em português
113 - O DIREITO AUTORAL NA INTERNET - Ofeliano de Almeida
110- ANNOTATIONS TO "THIS IS INFORMATION" – Anotações sobre a sensível homenagem de Alan Moore e Melinda Gebbie aos inocentes que sucumbiram no 11 de Setembro - por Ng Kiat Han
Na nova Coluna NOTÍCIAS (Blog dentro do site)
http://www.alanmooresenhordocaos.hpg.ig.com.br/noticias9.htm
Dia 25 de abril foi aniversário de Albert Uderzo, o desenhista de Asterix. Leia um ótimo texto de Pedro Hunter sobre o autor e seu personagem.
Leia duas resenhas sobre o filme do Homem-aranha: uma, favorável, da Istoé, e outra, desfavorável, do Universo HQ, que afirma que a história perdeu espaço para os efeitos especiais (mas ainda assim afirma que o resultado geral é melhor que a média). Eu estou curioso para assistir. Homem-aranha 2 é o melhor filme baseado em quadrinhos que já assisti.
Punição máxima para ministro é a aposentadoria compulsória
BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve abrir, após o feriado, sindicância para investigar acusações contra o ministro Paulo Medina. O tribunal aguarda apenas o envio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do inquérito da Operação Hurricane, que apura venda de sentenças judiciais em benefício de donos de máquinas caça-níqueis. A punição máxima prevista pela sindicância é a aposentadoria compulsória do ministro. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, acusado de receber R$ 600 mil pela concessão de liminar que liberava caça-níqueis apreendidos em Niterói. Leia mais
Cinzas de ator de 'Jornadas' são lançadas ao espaço
James Doohan, o engenheiro Scotty da série, morreu em 2005
As cinzas do ator James Doohan, o engenheiro Scotty da série Jornada nas Estrelas, foram lançadas neste sábado ao espaço a partir de uma base de lançamento no Novo México, nos Estados Unidos, com a presença de muitos fãs. Leia mais
As cinzas do ator James Doohan, o engenheiro Scotty da série Jornada nas Estrelas, foram lançadas neste sábado ao espaço a partir de uma base de lançamento no Novo México, nos Estados Unidos, com a presença de muitos fãs. Leia mais
quinta-feira, abril 26, 2007
O SENAC está oferecendo o curso de Especialização em Artes Visuais: cultura e criação na modalidade a distância. A proposta do curso é instigar a imaginação formal dos alunos por meio de observação, pesquisa, experimentação e análise de obras visuais modernas e contemporâneas, reunindo artes visuais, arquitetura, cinema, fotografia, design, moda e figurino. O curso estimula a reflexão permanente do profissional sobre sua própria produção ao expandir sua cultura visual e artística, demonstrando a interação existente entre procedimentos técnicos e processos artísticos diversos.Destina-se a portadores de diploma de graduação e profissionais atuantes nas áreas de Artes Visuais, Arquitetura, Cinema, Comunicação, Fotografia, Design, Moda e Figurino, e áreas afins. É importante e desejável que o aluno apresente habilidade específica em uma das áreas em foco para que possa desenvolver os trabalhos práticos propostos ao longo do curso.
Conheço bem os cursos do SENAC e posso garantir que são de ótima qualidade. Aliás, a proposta desse curso é muito interessante, pois o conteúdo será trabalhado a partir da análise de 100 imagens, nas mais diversas mídias. No site é possível fazer uma pré-matrícula e reservar sua vaga...
Conheço bem os cursos do SENAC e posso garantir que são de ótima qualidade. Aliás, a proposta desse curso é muito interessante, pois o conteúdo será trabalhado a partir da análise de 100 imagens, nas mais diversas mídias. No site é possível fazer uma pré-matrícula e reservar sua vaga...
Ainda sobre o assunto 300, a revista Veja afirma que Esparta era uma ditadura cruel, enquanto a Superinteressante afirma que Esparta foi a primeira cidade-estado grega a experimentar a democracia, muito antes de Atenas, o que explicaria porque Esparta resistiu tão ferozmente ao rei Xerxes. Vivendo em um local onde todos eram iguais e a lei era para todos, eles não podiam admitir serem súditos de um ditador. Em quem você acredita mais, na Super ou na Veja. Eu fico com a Super, já que a matéria dessa última é bem melhor referenciada... Super 1, Veja 0.
quarta-feira, abril 25, 2007
Achado o 1º planeta habitável fora do sistema solar
Cientistas da Organização Européia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO) descobriram pela primeira vez um planeta habitável fora do sistema solar, com temperaturas muito similares às da Terra. O planeta tem capacidade para armazenar água, informou nesta terça-feira a equipe da ESO, com sede na localidade alemã de Garching. O estudo será divulgado nesta quinta-feira na revista Astronomy and Astrophysics. Leia mais
O site Nona Arte, o melhor sobre quadrinho nacional, está de volta. A informação é do Neorama. O Nona Arte tem em seu arquivo algumas das melhores HQs brasileiras, incluindo algumas minhas. É bom saber que ele está de volta com as atualizações.
A editora Abril lançou ano passado a revista Sala de aula, que pretende ser uma versão para o ensino médio da Nova Escola. O número mais recente, nas bancas, fala sobre o filme 300 de Esparta e como usá-lo na sala de aula. A base das aulas são as resenhas, matérias e artigos publicados na revista Veja. Comprei por curiosidade, já que o uso de mídias, como cinema, vídeo e quadrinhos na sala de aula. Mas, apesar da proposta da revista ser interessante, o que sobressai é o enorme preconceito que a Veja tem contra as histórias em quadrinhos (talvez pelo fato da editora Abril ter perdido todas as HQs ainda vendáveis para outras editoras).
No texto de Isabela Boscov (sempre ela!) “Lindo, forte e ingênuo”, ela escreve: “Graphic novels costumam comerciar em valores absolutos de heroísmo e vilania, sem semitons. Nada impede, porém, que os filmes baseados em graphic novels dêem um passo adiante e reconheçam as outras emoções que estão em jogo numa história como essa”.
No texto “Combate à sombra”, de Jerônimo Teixeira, este escreve: “A História, de Heródoto oferece mais drama moral e profundidade trágica que qualquer graphic novel já produzida”.
Ou seja: histórias em quadrinhos são e serão sempre inferiores ao cinema e à literatura.
Boscov e Teixeira provavelmente nunca leram graphics como Watchmen, de Alan Moore, ou Um Contrato com Deus, de Will Eisner, só para citar duas obras que fogem completamente do dualismo herói x vilão. Em Watchmen os heróis são pessoas absolutamente normais, com defeitos e qualidades e pelo menos um dos heróis, Rorchack, é mostrado como totalmente pirado.
Um contrato com deus conta a história de um imigrante judeu que faz um contrato com O Senhor de ser sempre bom, desde que ele lhe conservasse a saúde de sua querida filha adotiva. Mas o contrato é quebrado quando a menina morre e o imigrante, que antes era um herói bondoso, vira o vilão da história. Alguém aí falou em drama moral ou profundidade trágica.
Os colunistas da Veja lêm, quando muito, uma história em quadrinhos quando ela é transformada em filme (Isabela Boscov fez a resenha do filme V de Vingança sem ter lido a obra original). As críticas feitas podem até ter sentido para a obra de Frank Miller. Seus heróis não titubeiam, não têm dramas morais ou crises de consciência. Miller se especializou em analisar personagens tomados por uma missão. Em Cavaleiro das Trevas vemos um Batman que não recua diante de nada diante de sua missão de voltar a colocar ordem em Gothan e em 300 vemos um Leônidas decidido a impedir a passagem dos persas a qualquer custo. Não existem pessoas assim, que colocam sua missão acima de qualquer coisa? Por que um bom herói deve ser aquele que fica se lamuriando pelos cantos e duvidando eternamente se está fazendo a coisa certa ou não...
Decididamente, os piores resenhistas são aqueles que acham que sabem como determinado personagem deveria agir diante de determinada situação...
terça-feira, abril 24, 2007
segunda-feira, abril 23, 2007
Câmara se queixa do "Casseta & Planeta"
Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta" exibido terça-feira passada. Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada. O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento. Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça. O presidente da Câmara também se disse indignado:- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade para que façam graça.O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas. Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo não querer "dar importância à concorrência".
Nota de Esclarecimento dos Cassetas
"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos: 1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição. 2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa. 3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a "interromper seu descanso."
Fonte: (O Globo, e o blog da Alcilene)
Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta" exibido terça-feira passada. Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada. O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento. Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça. O presidente da Câmara também se disse indignado:- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade para que façam graça.O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas. Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo não querer "dar importância à concorrência".
Nota de Esclarecimento dos Cassetas
"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos: 1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição. 2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa. 3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a "interromper seu descanso."
Fonte: (O Globo, e o blog da Alcilene)
Logan's run - fuga das estrelas
Existem obras que nos marcam para o resto da vida. No meu caso, uma obra fundamental foi Longan’s run (Fuga do século 23), um filme de 1976, dirigido por Michael Anderson, posteriormente transformado em série televisiva. Não lembro de ter visto ao filme, mas eu devorava a série todas as tardes e era muito raro perder um episódio.
Longan’s run conta a história de uma cidade hermeticamente fechada onde as pessoas vivem para o prazer. Mas há um porém. Ao chegarem aos 30 todos precisam ser “renovados”. A renovação acontece durante um evento chamado carrossel em que as pessoas, flutuando no ar, são atingidas por raios que, supostamente teriam a capacidade de renová-los. Na verdade, as pessoas são mortas e para dar lugar a crianças.
Para cada criança que nasce, uma pessoa deve morrer. A estratégia é uma forma de controle populacional imposto pelas máquinas que governam a cidade e convencem os cidadão de que 30 anos é idade máxima que se pode viver. Logan é um patrulheiro, uma das pessoas que perseguem e matam os que tentam fugir da renovação no carrossel.
Aí há algumas diferenças entre o filme e o seriado. No filme, Logan e uma jovem chamada Jéssica conseguem fugir, mas se deparam com um mundo destruído por uma guerra nuclear. Depois de muito caminharem, chegam em Washington, onde encontram um velho. Eles voltam para a cidade, que acaba sendo destruída e termina com os seus jovens habitantes ao redor do velho, admirados com um tipo de pessoa que nunca haviam visto.
No seriado, Jéssica e Logan fogem, ajudados por um andróide e são perseguidos por patrulheiros. Em suas andanças à procura do Santuário, um local paradisíaco, onde as pessoas vivem felizes, sem terem de morrer aos 30 anos, eles se deparam com os mais diversos tipos de perigos, de uma sociedade religiosa fundamentalista a uma casa mal-assombrada (é, às vezes os roteiristas viajavam um pouco...).
Minha idolatria pela série fez com que eu encontrasse uma ressonância em obras distópicas, como 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Adous Huxley e Farenheith 451, de Ray Bradbury e isso talvez explique porque eu gostei tanto desses livros. Em todos eles havia a concepção de uma sociedade despótica em que não eram as próprias pessoas que decidiam sobre seus destinos.
Nesse sentido, Logan’s run me ajudou a definir minha filosofia política. Eu percebi que os sistemas autoritários surgem geralmente respaldados pelos cidadão comuns. Em Logan’s run foram as próprias pessoas que colocam o controle nas mãos das máquinas, pois isso era mais cômodo, já que as máquinas providenciavam tudo que se necessitava, podendo as pessoas viveram apenas para o prazer. Em sociedades desse tipo, em que as pessoas colocam o controle de suas vidas nas mãos de outros, esses que governam conseguem impor o que quiserem. Os habitantes da cidade dos Domos achavam que morrer aos trinta anos era algo absolutamente normal porque era isso que a as máquinas diziam. A figura dos patrulheiros também é interessante pois, embora também sejam vítimas desse sistema (também eles devem morrer aos 30 anos), eles o defendem com unhas e dentes. Tanto no filme quanto no seriado, Logan e Jéssica são perseguidos por um patrulheiro, totalmente cego a tudo que vê, pois só consegue obedecer à sua programação. Da mesma forma, todo regime autoritário só existe porque tem à sua disposição a tigrada, aqueles que obedecem cegamente ao ditador, mesmo que sejam vítimas dele.
Outro aspecto interessante é observar uma sociedade formada exclusivamente por jovens (há uma cena em que uma garotinha vê a personagem Jéssica, de 24 anos, e diz que ela é uma velha bonita) em um filme lançado no auge do movimento hippie.
No filme, as pessoas, quando querem sexo, entram no circuito, que permite escolher qualquer outra pessoa que esteja no circuito (uma antecipação dos chats eróticos?) e há a loja do amor, onde qualquer um pode se relacionar com qualquer um. Ao fugirem, Jéssica e Logan redescobrem as sociedades antigas e as uniões estáveis e decidem que serão marido e mulher e terão filhos. Seria uma espécie de auto-crítica da geração do amor livre? Como um jovem refletindo sobre suas mais importantes questões, a série não dá respostas. Se no filme, Jéssica e Logan tornam-se um casal (amável esposa, amável esposo), no seriado os dois fogem juntos, mas não fica claro a relação entre os dois. Ou seja, a série é mais um reflexão sobre um comportamento do que uma censura do mesmo.
O filme também antecipa toda a discussão ecológica sobre o aquecimento global. Numa sociedade em que restauram poucos recursos naturais, a solução encontrada é o controle populacional e o reaproveitamente dos recursos (creio que esqueci de mencionar que as pessoas mortas no carrossel são secretamente transformadas em comida para o mais jovens).
A presença do andróide REM também permite interpretações interessantes, pois embora Logan e Jéssica estejam fugindo da ditadura das máquinas, eles estão sendo ajudados por uma máquina. Seriam o andróide um espião, infiltrado entre eles apenas para destruir o santuário quando o encontrarem? A série nunca deixou isso claro, mas o fato deu origem a situações interessantes que quebram com o maniqueísmo: o amigo pode também ser o inimigo. Aquele que parece simpático pode ser a maior ameaça.
O seriado nunca mostrou os personagens chegando ao santuário, o que foi um decepção para alguns fãs, mas por outro lado deixou em aberto a situação, permitindo que cada um visualize o santuário a seu modo. O santuário, assim, passou a significar menos um local e muito mais um sentimento de esperança de que o homem um dia consiga encontrar uma maneira de viver sem ser dominado por regimes autoritários, em que cada pessoa viva feliz, sendo responsável e livre para fazer suas próprias escolhas.
Embora Logan’s run tenha permanecido no limbo durante muitos anos, Hollywood redescobriu a história e tem se falado muito em uma refilmagem, inclusive com direção de Brian Singer (Superman). Espera-se que nessa nova versão a riqueza da história seja preservada, e que o filme não seja transformado em mais um filme em que a ação se sobrepõe à reflexão.
Longan’s run conta a história de uma cidade hermeticamente fechada onde as pessoas vivem para o prazer. Mas há um porém. Ao chegarem aos 30 todos precisam ser “renovados”. A renovação acontece durante um evento chamado carrossel em que as pessoas, flutuando no ar, são atingidas por raios que, supostamente teriam a capacidade de renová-los. Na verdade, as pessoas são mortas e para dar lugar a crianças.
Para cada criança que nasce, uma pessoa deve morrer. A estratégia é uma forma de controle populacional imposto pelas máquinas que governam a cidade e convencem os cidadão de que 30 anos é idade máxima que se pode viver. Logan é um patrulheiro, uma das pessoas que perseguem e matam os que tentam fugir da renovação no carrossel.
Aí há algumas diferenças entre o filme e o seriado. No filme, Logan e uma jovem chamada Jéssica conseguem fugir, mas se deparam com um mundo destruído por uma guerra nuclear. Depois de muito caminharem, chegam em Washington, onde encontram um velho. Eles voltam para a cidade, que acaba sendo destruída e termina com os seus jovens habitantes ao redor do velho, admirados com um tipo de pessoa que nunca haviam visto.
No seriado, Jéssica e Logan fogem, ajudados por um andróide e são perseguidos por patrulheiros. Em suas andanças à procura do Santuário, um local paradisíaco, onde as pessoas vivem felizes, sem terem de morrer aos 30 anos, eles se deparam com os mais diversos tipos de perigos, de uma sociedade religiosa fundamentalista a uma casa mal-assombrada (é, às vezes os roteiristas viajavam um pouco...).
Minha idolatria pela série fez com que eu encontrasse uma ressonância em obras distópicas, como 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Adous Huxley e Farenheith 451, de Ray Bradbury e isso talvez explique porque eu gostei tanto desses livros. Em todos eles havia a concepção de uma sociedade despótica em que não eram as próprias pessoas que decidiam sobre seus destinos.
Nesse sentido, Logan’s run me ajudou a definir minha filosofia política. Eu percebi que os sistemas autoritários surgem geralmente respaldados pelos cidadão comuns. Em Logan’s run foram as próprias pessoas que colocam o controle nas mãos das máquinas, pois isso era mais cômodo, já que as máquinas providenciavam tudo que se necessitava, podendo as pessoas viveram apenas para o prazer. Em sociedades desse tipo, em que as pessoas colocam o controle de suas vidas nas mãos de outros, esses que governam conseguem impor o que quiserem. Os habitantes da cidade dos Domos achavam que morrer aos trinta anos era algo absolutamente normal porque era isso que a as máquinas diziam. A figura dos patrulheiros também é interessante pois, embora também sejam vítimas desse sistema (também eles devem morrer aos 30 anos), eles o defendem com unhas e dentes. Tanto no filme quanto no seriado, Logan e Jéssica são perseguidos por um patrulheiro, totalmente cego a tudo que vê, pois só consegue obedecer à sua programação. Da mesma forma, todo regime autoritário só existe porque tem à sua disposição a tigrada, aqueles que obedecem cegamente ao ditador, mesmo que sejam vítimas dele.
Outro aspecto interessante é observar uma sociedade formada exclusivamente por jovens (há uma cena em que uma garotinha vê a personagem Jéssica, de 24 anos, e diz que ela é uma velha bonita) em um filme lançado no auge do movimento hippie.
No filme, as pessoas, quando querem sexo, entram no circuito, que permite escolher qualquer outra pessoa que esteja no circuito (uma antecipação dos chats eróticos?) e há a loja do amor, onde qualquer um pode se relacionar com qualquer um. Ao fugirem, Jéssica e Logan redescobrem as sociedades antigas e as uniões estáveis e decidem que serão marido e mulher e terão filhos. Seria uma espécie de auto-crítica da geração do amor livre? Como um jovem refletindo sobre suas mais importantes questões, a série não dá respostas. Se no filme, Jéssica e Logan tornam-se um casal (amável esposa, amável esposo), no seriado os dois fogem juntos, mas não fica claro a relação entre os dois. Ou seja, a série é mais um reflexão sobre um comportamento do que uma censura do mesmo.
O filme também antecipa toda a discussão ecológica sobre o aquecimento global. Numa sociedade em que restauram poucos recursos naturais, a solução encontrada é o controle populacional e o reaproveitamente dos recursos (creio que esqueci de mencionar que as pessoas mortas no carrossel são secretamente transformadas em comida para o mais jovens).
A presença do andróide REM também permite interpretações interessantes, pois embora Logan e Jéssica estejam fugindo da ditadura das máquinas, eles estão sendo ajudados por uma máquina. Seriam o andróide um espião, infiltrado entre eles apenas para destruir o santuário quando o encontrarem? A série nunca deixou isso claro, mas o fato deu origem a situações interessantes que quebram com o maniqueísmo: o amigo pode também ser o inimigo. Aquele que parece simpático pode ser a maior ameaça.
O seriado nunca mostrou os personagens chegando ao santuário, o que foi um decepção para alguns fãs, mas por outro lado deixou em aberto a situação, permitindo que cada um visualize o santuário a seu modo. O santuário, assim, passou a significar menos um local e muito mais um sentimento de esperança de que o homem um dia consiga encontrar uma maneira de viver sem ser dominado por regimes autoritários, em que cada pessoa viva feliz, sendo responsável e livre para fazer suas próprias escolhas.
Embora Logan’s run tenha permanecido no limbo durante muitos anos, Hollywood redescobriu a história e tem se falado muito em uma refilmagem, inclusive com direção de Brian Singer (Superman). Espera-se que nessa nova versão a riqueza da história seja preservada, e que o filme não seja transformado em mais um filme em que a ação se sobrepõe à reflexão.
A responsabilidade é do outro
Hoje fui fazer uma caminhada pela Claudomiro de Moraes. Recentemente a Prefeitura fez um trabalho de urbanização dessa avenida e a mudança foi grande, com uma praça ocupando toda a área central da pista e indo até o início do bairro do Buritizal. Tudo muito bonito, exceto por um detalhe: a grande quantidade de lixo que vi jogado no chão. Copos descartáveis, garrafas plásticas, embalagens de salgadinhos, todos jogados por ali, verdadeiros criadoros de mosquitos da dengue. E a praça tem uma lixeira a cada 10 metros! Depois ouço o amapaense reclamando dos políticos. Mas se o cidadão não cuida do bem comum, por que razão ele acha que os políticos fariam o mesmo? Existe no Amapá uma atitude generalizada de achar que a responsabilidade é sempre do outro. A pessoa joga o lixo no chão e diz: “A prefeitura depois tem a obrigação de mandar limpar”, esquecendo que aquele tempo e dinheiro que estariam sendo usados para limpar a porqueira desse cidadão, poderiam estar sendo usados para outras coisas.
A atitude de jogar lixo no chão é, provavelmente uma herança indígena. Com uma diferença: o lixo produzido pelo índio é reciclado pela natureza. Se ele come uma fruta e joga a casca no chão, aquela casca depois vai se transformar em adubo e as sementes se tornarão provavelmente árvores. Na cidade isso não ocorre, pois o lixo produzido na cidade não é biodegradável. São sacolas plásticas, garrafas, copos, que levarão, em alguns casos milhões de anos para se decompor. Nesse meio tempo vão servir de casa para doenças, como a dengue.
A instalação de lixeiras é uma atitude sensata, mas não adianta nada se as pessoas continuam com a idéia de lixo se joga no chão, ou, o que é pior, na água. Uma vez, em um navio que faz o trajeto Macapá-Belém vi uma cena estarrecedora: uma menina que estava comendo um biscoito foi jogar a embalagem fora. Ela estava praticamente na frente de uma lixeira, então, pela lei do menor esforço, o mais fácil seria simplesmente depositar o lixo na lixeira, mas ela se esticou todinha, só para jogar o plástico na água do rio!
A atitude de jogar lixo no chão é, provavelmente uma herança indígena. Com uma diferença: o lixo produzido pelo índio é reciclado pela natureza. Se ele come uma fruta e joga a casca no chão, aquela casca depois vai se transformar em adubo e as sementes se tornarão provavelmente árvores. Na cidade isso não ocorre, pois o lixo produzido na cidade não é biodegradável. São sacolas plásticas, garrafas, copos, que levarão, em alguns casos milhões de anos para se decompor. Nesse meio tempo vão servir de casa para doenças, como a dengue.
A instalação de lixeiras é uma atitude sensata, mas não adianta nada se as pessoas continuam com a idéia de lixo se joga no chão, ou, o que é pior, na água. Uma vez, em um navio que faz o trajeto Macapá-Belém vi uma cena estarrecedora: uma menina que estava comendo um biscoito foi jogar a embalagem fora. Ela estava praticamente na frente de uma lixeira, então, pela lei do menor esforço, o mais fácil seria simplesmente depositar o lixo na lixeira, mas ela se esticou todinha, só para jogar o plástico na água do rio!
sexta-feira, abril 20, 2007
Finalmente, depois de uma longa busca, consegui o seriado e o filme Longan's run (Fuga do século 23), pelo qual eu era absolutamente apaixonado na minha infância. O seriado e o filme contam a história de uma sociedade pós-apocalíptica em que os sobreviventes vivem em cidades cobertas por domos, apenas para o prazer, pois as máquinas dão a eles tudo que precisam. Mas há um problema: ao chegar aos 30 anos a pessoa deve ser morta (depois, descobre-se, os corpos eram reciclados pelas máquinas e transformados em comida). A outra opção é fugir. O seriado contava a saga de dois fugitivos. Estou escrevendo uma resenha e assim que estiver pronta, posto aqui, mas posso adiantar: é tão bom quanto eu lembrava.
Uma outra dica para o dia das crianças é a minha série infantil Mundo Dragão. Para quem já é leitor, a série, depois de passar algum tempo sem atualização, terá um novo capítulo agora no mês de maio.
quinta-feira, abril 19, 2007
Hoje, 18 de abril, é o dia do livro infantil. A data foi estabelecida em comemoração ao aniversário de Monteiro Lobato, nosso mais importante autor infantil. Lobato é um dos meus autores prediletos e tenho quase toda a sua obra, não só infantil, mas também adulta (quando fiquei jovem, fiquei espantado com livros como Urupês) e isso me levou a escrever uma biografia do autor do Sítio do Pica-pau Amarelo, que pode ser lida em html no site Burburinho, ou baixada como e-book no site da Virtual Books.
Ps: este post saiu atrasado porque ontem foi impossível conectar internet, mas fica o recado...
segunda-feira, abril 16, 2007
101 livros
A revista publicou a relação dos 101 livros que mudaram a humanidade. Uma relação desse tipo é sempre polêmica. De Rousseau, por exemplo, escolheram o livro Confissões. Considerando o objetivo da publicação, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e O Contrato social são muito mais importante. O Discurso é a origem de todas as idéias socialistas que viriam depois, ao afirmar que as diferenças entre os homens não eram naturais, mas criados pela sociedade e, mais especificamente pela propriedade privada. Já o Contrato é a origem da sociedade democrática capitalista da atualidade.
Mas da relação da Super já li vários, alguns em partes, até porque a edição a tive acesso era reduzida, ou porque eram livros de bibliotecas, que não podiam ser emprestados. Vamos aos que já li:
I ching
Bíblia
Mahabharata (só o Bagavah Gita)
Confissões de Santo Agostinho (parte)
Tao te King
Divina Comédia
Dom Quixote (parte), de Miguel de Cervantes
Discurso sobre o método, de René Descartes
Confissões, de Rouseau (partes)
Robinson Crusoe, de Daniel Defoe
Frankstein, de Mary Shelley
Dom Casmurro, de Machado de Assis
Vinte mil léguas submarinas, de Júlio Verne
A desobediência civil, de Henri Thoureau
O livro dos espírito (partes)
1984, de George Orwell
O Aleph, de Jorge Luis Borges (imagem acima)
sexta-feira, abril 13, 2007
Assistimos 300 e o Motoqueiro Fantasma. Ficou claro uma coisa: se o original é ruim, não tem como fazer um bom filme. As histórias em quadrinhos do Motoqueiro sempre foram meia-boca e o filme, mesmo com a super-produção, não passou disso: meia-boca. Já o filme 300 é baseado numa boa obra de Frank Miller e é muito fiel aos quadrinhos. Tirando as liberdades poéticas de Miller, é um bom épico.
A internet é realmente uma maravilha pela possibilidade de democratização de informação. Não só todos os internautas têm acesso à informação, como qualquer um pode colocar o seu ponto de vista. Um exemplo interessante é o blog Mundo Imaginário, de Antonio Brasileiro Capiberibe, neto do ex-senador João Capiberibe. Ele se define como "um garoto que adora jogar futebol, xadrez, ler livros, ir ao cinema, gosta também de joguinhos de cartas e de brincar com os amigos" e o blog trata desses temas.
quarta-feira, abril 11, 2007
Isso pode parecer estranho vindo de um professor, mas a verdade é que eu sou extremamente tímido. Sou totalmente incapaz para aquilo que Desmond Morris chama de “catar piolho”, ou seja, contato social rápido e superficial, como a gente costuma encontrar em festas. Para mim a diversão está em um livro ou numa conversa com algumas poucas pessoas já conhecidas. Demoro a pegar intimidade a ponto de conversar (mas geralmente, quando começo, agüente...), razão pela qual costumo ficar totalmente quieto em ambientes desconhecidos, perdido em meus pensamentos.
Uma situação que me deixa totalmente sem jeito é quando alguém vem me elogiar. Com o lançamento da revista O Pavio, várias pessoas têm vindo até mim fazer elogios, alguns de maneira muito entusiástica, já que essa é uma proposta editorial totalmente nova no Amapá. O fato é que eu fico vermelho como um pimentão.
Uma vez fui em um Congresso de Comunicação em Santos. Estava apresentando paper e debatendo no GT de Quadrinhos e Humor. Saí um momento para ir ao banheiro e fui abordado no caminho por um rapaz:
- Você é o Gian Danton?
- Sou. – respondi, doido para escapulir para o banheiro.
- Você é o Gian Danton! – afirmou ele, olhando para mim como se duvidasse de seus olhos.
- É, acho que sou eu mesmo...
- Eu não acredito! Você é o Gian Danton. – repetiu ele, me olhando agora como se eu fosse um ornitorrinco ou alguma outra espécie extinta.
E ficou lá longos minutos, me olhando. Temi que ele se jogasse aos meus pés e começasse a gritar, fazendo reverências:
- Buana! Buana!
Felizmente ele não fez isso. Só ficou lá me olhando, como quem olha para um animal raro e balbuciando palavras que eu não conseguia entender (provavelmente alguma variante do inevitável “Você é Gian Danton!”).
Por fim, tomei uma atitude drástica.
- Com licença, preciso ir ao banheiro!
E fugi em desabalada carreira, morrendo de medo dele me seguir até o banheiro. Mas não, ele ficou lá, me olhando com aquele olhar de peixe morto.
Foi a situação mais constrangedora pela qual já passei.
Uma situação que me deixa totalmente sem jeito é quando alguém vem me elogiar. Com o lançamento da revista O Pavio, várias pessoas têm vindo até mim fazer elogios, alguns de maneira muito entusiástica, já que essa é uma proposta editorial totalmente nova no Amapá. O fato é que eu fico vermelho como um pimentão.
Uma vez fui em um Congresso de Comunicação em Santos. Estava apresentando paper e debatendo no GT de Quadrinhos e Humor. Saí um momento para ir ao banheiro e fui abordado no caminho por um rapaz:
- Você é o Gian Danton?
- Sou. – respondi, doido para escapulir para o banheiro.
- Você é o Gian Danton! – afirmou ele, olhando para mim como se duvidasse de seus olhos.
- É, acho que sou eu mesmo...
- Eu não acredito! Você é o Gian Danton. – repetiu ele, me olhando agora como se eu fosse um ornitorrinco ou alguma outra espécie extinta.
E ficou lá longos minutos, me olhando. Temi que ele se jogasse aos meus pés e começasse a gritar, fazendo reverências:
- Buana! Buana!
Felizmente ele não fez isso. Só ficou lá me olhando, como quem olha para um animal raro e balbuciando palavras que eu não conseguia entender (provavelmente alguma variante do inevitável “Você é Gian Danton!”).
Por fim, tomei uma atitude drástica.
- Com licença, preciso ir ao banheiro!
E fugi em desabalada carreira, morrendo de medo dele me seguir até o banheiro. Mas não, ele ficou lá, me olhando com aquele olhar de peixe morto.
Foi a situação mais constrangedora pela qual já passei.
domingo, abril 08, 2007
A Alcilene Cavalcante publicou, no seu blog, um ótimo texto do Elson Martins sobre a mini-série Amazônia (Elson foi amigo de Chico Mendes).
Cientista estuda por que bons soldados torturam prisioneiros
Criador do controverso experimento da prisão em Stanford analisa situação no Iraque. Philip Zimbardo analisa como decisões políticas e escolhas individuais levaram a abusos.
Claudia Dreifus Do "New York Times"
As paredes da casa de Philip Zimbardo em San Francisco, na Costa Oeste americana, estão cobertas por máscaras cerimoniais vindas da Indonésia, da África e do Pacífico. A decoração casa bem com o trabalho desse psicólogo social, cujo foco de estudo são os disfarces que as pessoas usam para ocultar seus lados bons e maus, e em que condições esses disfarces são utilizados. Seu Experimento da Prisão de Stanford, conhecido como SPE nos manuais de ciência social, mostrou como o anonimato, o conformismo e o tédio podem ser usados para induzir comportamentos sádicos em estudantes de mente aparentemente sadia.
Recentemente, Zimbardo, de 74 anos, tem estudado como decisões políticas e escolhas individuais levaram a abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. O caminho que o levou de Stanford para Abu Ghraib está descrito em seu novo livro, “The Lucifer Effect: Understanding How Good People Turn Evil” (O Efeito Lúcifer: Entendendo Como Pessoas Boas Ficam Más). “Sempre tive curiosidade sobre a psicologia da pessoa por trás da máscara”, diz Zimbardo ao mostrar sua coleção. “Quando alguém é anônimo, abrem-se as portas para todo tipo de comportamento anti-social, como vemos no caso da Ku Klux Klan [associação racista americana cujos membros usam capuzes].” Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal "The New York Times".
Pergunta - Para quem nunca estudou o caso no primeiro ano do curso de psicologia, o sr. pode descrever o Experimento da Prisão de Stanford?
Philip Zimbardo – No verão de 1971, nós fizemos uma prisão de mentira na Universidade Stanford. Pegamos 23 voluntários e os dividimos aleatoriamente em dois grupos. Eram jovens normais, estudantes. Pedimos para que eles agissem como “guardas” ou “prisioneiros” num ambiente de prisão. O experimento devia durar duas semanas. No fim do primeiro dia, nada estava acontecendo. Mas, no segundo, houve uma rebelião de prisioneiros. Os guardas vieram me perguntar: “O que a gente faz?”. “A prisão é de vocês”, respondi, dizendo que só não podiam usar violência física. Os guardas, então, começaram logo a aplicar punições psicológicas, embora houvesse abuso físico também. Nos dias seguintes, os guardas foram ficando cada vez mais sádicos, negando comida, água e sono aos prisioneiros, atacando-os com extintores de incêndio, jogando os cobertores deles na lama, tirando as roupas deles e arrastando os rebeldes pelo quintal.
No fim, os guardas mandaram que os prisioneiros simulassem sodomia [sexo anal]. Por quê? Porque estavam entediados. O tédio é uma motivação poderosa para o mal. Não tenho idéia de quão piores as coisas poderiam ter ficado.
Pergunta - Como o sr. encerrou o experimento?
Zimbardo – Na quinta noite, uma ex-aluna minha de pós-graduação, Christina Maslach, passou por lá. Ela viu os guardas colocarem sacos na cabeça dos prisioneiros, acorrentar as pernas deles e fazê-los marchar de lá para cá. Chris saiu correndo e chorando. “Não sei se ainda quero ter alguma coisa a ver com você, se esse é o tipo de pessoa que você é”, disse ela. “É horrível o que você está fazendo com esses meninos.” Eu pensei, “Oh, meu Deus, ela está certa.”
Pergunta - No seu livro, senti uma certa culpa a respeito de ter organizado “o estudo mais anti-ético de todos os tempos”. É verdade?
Zimbardo – Quando olho para trás, penso: “Por que não parei a crueldade antes?”. Ficar de lado era totalmente contrário à minha educaçao e minha natureza. Quando eu fiquei de lado, como um cientista experimental que se recusava a interferir, eu fiquei, em certo sentido, tão sujeito ao poder da situação quanto os prisioneiros e guardas. Leia mais
Comentário: a situação é interessante para discutir a questão da neutralidade científica, tão propalada pelo positivismo. Existe neutralidade? Ser neutro, em determinadas situações, não é ser anti-ético?
Claudia Dreifus Do "New York Times"
As paredes da casa de Philip Zimbardo em San Francisco, na Costa Oeste americana, estão cobertas por máscaras cerimoniais vindas da Indonésia, da África e do Pacífico. A decoração casa bem com o trabalho desse psicólogo social, cujo foco de estudo são os disfarces que as pessoas usam para ocultar seus lados bons e maus, e em que condições esses disfarces são utilizados. Seu Experimento da Prisão de Stanford, conhecido como SPE nos manuais de ciência social, mostrou como o anonimato, o conformismo e o tédio podem ser usados para induzir comportamentos sádicos em estudantes de mente aparentemente sadia.
Recentemente, Zimbardo, de 74 anos, tem estudado como decisões políticas e escolhas individuais levaram a abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. O caminho que o levou de Stanford para Abu Ghraib está descrito em seu novo livro, “The Lucifer Effect: Understanding How Good People Turn Evil” (O Efeito Lúcifer: Entendendo Como Pessoas Boas Ficam Más). “Sempre tive curiosidade sobre a psicologia da pessoa por trás da máscara”, diz Zimbardo ao mostrar sua coleção. “Quando alguém é anônimo, abrem-se as portas para todo tipo de comportamento anti-social, como vemos no caso da Ku Klux Klan [associação racista americana cujos membros usam capuzes].” Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal "The New York Times".
Pergunta - Para quem nunca estudou o caso no primeiro ano do curso de psicologia, o sr. pode descrever o Experimento da Prisão de Stanford?
Philip Zimbardo – No verão de 1971, nós fizemos uma prisão de mentira na Universidade Stanford. Pegamos 23 voluntários e os dividimos aleatoriamente em dois grupos. Eram jovens normais, estudantes. Pedimos para que eles agissem como “guardas” ou “prisioneiros” num ambiente de prisão. O experimento devia durar duas semanas. No fim do primeiro dia, nada estava acontecendo. Mas, no segundo, houve uma rebelião de prisioneiros. Os guardas vieram me perguntar: “O que a gente faz?”. “A prisão é de vocês”, respondi, dizendo que só não podiam usar violência física. Os guardas, então, começaram logo a aplicar punições psicológicas, embora houvesse abuso físico também. Nos dias seguintes, os guardas foram ficando cada vez mais sádicos, negando comida, água e sono aos prisioneiros, atacando-os com extintores de incêndio, jogando os cobertores deles na lama, tirando as roupas deles e arrastando os rebeldes pelo quintal.
No fim, os guardas mandaram que os prisioneiros simulassem sodomia [sexo anal]. Por quê? Porque estavam entediados. O tédio é uma motivação poderosa para o mal. Não tenho idéia de quão piores as coisas poderiam ter ficado.
Pergunta - Como o sr. encerrou o experimento?
Zimbardo – Na quinta noite, uma ex-aluna minha de pós-graduação, Christina Maslach, passou por lá. Ela viu os guardas colocarem sacos na cabeça dos prisioneiros, acorrentar as pernas deles e fazê-los marchar de lá para cá. Chris saiu correndo e chorando. “Não sei se ainda quero ter alguma coisa a ver com você, se esse é o tipo de pessoa que você é”, disse ela. “É horrível o que você está fazendo com esses meninos.” Eu pensei, “Oh, meu Deus, ela está certa.”
Pergunta - No seu livro, senti uma certa culpa a respeito de ter organizado “o estudo mais anti-ético de todos os tempos”. É verdade?
Zimbardo – Quando olho para trás, penso: “Por que não parei a crueldade antes?”. Ficar de lado era totalmente contrário à minha educaçao e minha natureza. Quando eu fiquei de lado, como um cientista experimental que se recusava a interferir, eu fiquei, em certo sentido, tão sujeito ao poder da situação quanto os prisioneiros e guardas. Leia mais
Comentário: a situação é interessante para discutir a questão da neutralidade científica, tão propalada pelo positivismo. Existe neutralidade? Ser neutro, em determinadas situações, não é ser anti-ético?
quarta-feira, abril 04, 2007
A minissérie Amazônia deveria ser assistida por todos que moram na região norte, pois mostra as origens de alguns dos grandes problemas da atualidade. A história está agora na década de 1970. Nesse periodo a cultura da borracha está em decadência e o governo militar dá subsídios e isenções de impostos para que os fazendeiros destruam a floresta, expulsem os seringueiros e coloquem gado onde antes havia floresta. Está aí a origem de muitos dos males da atualidade: cidade inchadas, miséria, aquecimento global...
terça-feira, abril 03, 2007
Pensei, pensei e pensei no texto do médico Leonai Garcia tentando encontrar alguma lógica. Cheguei à conclusão que ele só pode estar defendendo os métodos de instrução programada, muito em voga no perído militar. Nesse método, não era necessária a presença do professor. O aluno aprendia sozinho, lendo textos, decorando e completando frases. Exemplo disso são exercícios do tipo:
O realismo crítico ............... (concorda com o; discorda do) materialismo.
O método de instrução programada se mostrou um fracasso. O aluno decorava as frases, mas não aprendia nada. Descobriu-se rapidamente que as pessoas aprendem na interação com os outros e que o professor tem papel fundamental nisso. Hoje em dia até mesmo os cursos a distância reabilitaram a figura do docente, agora chamado de tutor.
Já imaginaram uma faculdade de medicina sem professores? Os alunos aprenderiam só completando frases. Seria o sonho do Leonai Garcia... mas eu não teria coragem de me consultar com um médico desses...
O realismo crítico ............... (concorda com o; discorda do) materialismo.
O método de instrução programada se mostrou um fracasso. O aluno decorava as frases, mas não aprendia nada. Descobriu-se rapidamente que as pessoas aprendem na interação com os outros e que o professor tem papel fundamental nisso. Hoje em dia até mesmo os cursos a distância reabilitaram a figura do docente, agora chamado de tutor.
Já imaginaram uma faculdade de medicina sem professores? Os alunos aprenderiam só completando frases. Seria o sonho do Leonai Garcia... mas eu não teria coragem de me consultar com um médico desses...
segunda-feira, abril 02, 2007
"Professores, mudem de profissão"
O médico Leonai Garcia publicou, em sua coluna no jornal Diário do Amapá, uma nota ofensiva aos educadores. Falando sobre a greve dos professores municipais, ele escreveu:
“Esse pessoal que acha que ganha pouco, em vez de atazanar a vida dos outros, fechando ruas importantes para o tráfego de veículos, deveria estudar para mudar de profissão.Que tal fazer um vestibular para odontologia, medicina, engenharia, enfim, essas profissões pagam melhor. É só estudar”.
Além do texto estar muito mal escrito (o que dá a entender que ele teve uma professora de português muito mal remunerada), falta lógica. Ele aconselha os professores a mudarem de profissão para ganharem mais e diz que basta estudar. Mas se os professores vão mudar de profissão, as pessoas vão estudar com quem? Lamentável.
“Esse pessoal que acha que ganha pouco, em vez de atazanar a vida dos outros, fechando ruas importantes para o tráfego de veículos, deveria estudar para mudar de profissão.Que tal fazer um vestibular para odontologia, medicina, engenharia, enfim, essas profissões pagam melhor. É só estudar”.
Além do texto estar muito mal escrito (o que dá a entender que ele teve uma professora de português muito mal remunerada), falta lógica. Ele aconselha os professores a mudarem de profissão para ganharem mais e diz que basta estudar. Mas se os professores vão mudar de profissão, as pessoas vão estudar com quem? Lamentável.
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