sexta-feira, junho 20, 2008
El eternauta
Eu já tinha lido alguma coisa do roteirista argentino Hector Oesterheld. Pouca coisa dele chegou ao Brasil. Dia desses, procurando no 4share, acabei encontrando a coleção completa da série Eternauta para baixar. Fiz o download da primeira parte e comecei a ler. Fiquei impressionado! A história é genial. Em muitos sentidos, lembra Jorge Luís Borges. O mundo é assolado por uma nevasca mortal. Todas as pessoas que têm contato com a neve, morrem. Para conseguir sair de casa, as pessoas precisam usar uma roupa especial, que evita o contato com a neve. A partir desse plot simples, ma engenhoso (baseado no livro Robison Crusoé), o roteirista consegue fazer uma história realmente inquietante, desenvolvendo a trama de maneira genial. Não bastasse isso, há o aspecto político. Quando a Argentina se transformou numa ditadura, Oestherheld transformou sua história numa metáfora política, criticando os militares. Os milicos não gostaram muito e mataram não só ele, mas todos os seus filhos. Da família inteira, só sobrou a esposa e um neto... Para baixar El eternauta, clique aqui.
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2 comentários:
Eu também baixei a historia anos atrás, mas fragmentada e faltando partes , então nunca pude chegar a uma conclusão total.
Em um certo ponto da Historia o proprio autor virava um personagem e tentava salvar os outros personagens. Haviam pessoas transpostas repentinamente pra uma situação de fim do mundo.
Mas o grande "tchan" é que numa das histórias feitas por outros roteiristas Pós-Oesterheld, a morte do Oestenheld-personagem vira ficção. Como a ditudura não só matou o autor, mas sumiu com ele da face da terra, a historia homenageia-o dizendo que ele conseguiu escapar da morte certa tornando-se um personagem definitivo e vivendo na ficção eternamente.
A arte de Breccia também é sensasional.
soube que planejam fazer um filme do Eternalta.
Meu nome não é jonnhy
Alguns links apresentaram problemas. Já havia lido alguns capítulos numas edições da argentina Skorpio. A escola de hqs deles é riquíssima. Mas por preconceitos bestas, muita coisa deles nunca chegou por aqui.
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